Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas
Nesta quarta-feira (27), o programa ‘Saúde e Bem-Estar’, da Rádio Assembleia (96.7 FM), abordou dicas de cuidados e segurança em eventos esportivos de rua. Em conversa com as apresentadoras e radialistas Marina Sousa e Leda Lima, o médico cardiologista intensivista Serafim Júnior discorreu sobre a temática.
Inicialmente, Serafim Júnior definiu o que é morte súbita, afirmando ser todo mal estar inesperado em que se apresenta um sintoma e, em menos de uma hora e sem uma causa aparente, ocorra o óbito.
“Então, em outras palavras, morte súbita é a parada cardíaca com óbito. Temos visto muitos casos acontecerem com pessoas aparentemente sadias e praticantes de esportes, até de alto impacto. Tem ganhado muita ênfase no meio do fisiculturismo”, esclareceu.
Eventos de rua
Serafim Júnior disse que, hoje, o evento de rua é a prática esportiva mais presente no mundo e que conta com a maior participação de atletas.
“Considerando o grande número de participantes dessa prática esportiva, é baixo o número de mortes súbita por cada 100 mil pessoas numa maratona. Um evento a cada 400 mil pessoas na meia maratona e um a cada 80 mil pessoas num triátlon. Mas, isso pode aumentar se não houver uma campanha que mostre para as pessoas que é preciso se tomar certos cuidados”, disse.
O médico advertiu que não se pode correr de forma aleatória e que é preciso tomar certos cuidados antes de iniciar a prática.
“Todo atleta, seja ele de que tipo for, precisa passar por uma avaliação pré participação, de preferência com um médico cardiologista vinculado a área do esporte. Não é simplesmente um atestado médico, um simples eletrocardiograma, um teste ergométrico e um exame de sangue básico, achando que você está apto a fazer qualquer atividade. É um erro clássico. Somente esses procedimentos não têm a capacidade de detectar se você está em risco ou não”, advertiu.
Prevenção
Serafim Júnior afirmou que se sabe que as vítimas de mal súbito em práticas esportivas de rua, geralmente, apresentavam como causas uma doença subclínica, não detectada pelos exames básicos, ou simplesmente tinham consciência do risco e arriscaram.
“Isto vale para qualquer tipo de esporte. Se você faz uma caminhada leve, você não sente nada. Uma caminhada moderada já exige a avaliação pelo menos de um cardiologista. Agora, todo evento agudo apresenta um grau de risco maior e exige que se dobre os cuidados”, ressaltou.