‘Toda Mulher’ – Psicóloga alerta para os desafios de lidar com a “epidemia de depressão”

Agência Assembleia

O programa ‘Toda Mulher’, exibido nesta terça-feira (3), destacou o “Setembro Amarelo”, mês dedicado à prevenção do suicídio. Para abordar o assunto, a apresentadora Márcia Carvalho conversou com a psicóloga Evelyn Lindholm, que fez um alerta sobre os desafios de lidar com a chamada “epidemia de depressão”.

Segundo a especialista, apenas 9% das pessoas com depressão conseguem, de fato, ter acesso ao tratamento adequado. “Muitas vezes, confundimos a busca por apoio em amigos com tratamento. Mas a depressão é um quadro clínico crônico que exige diagnóstico e acompanhamento profissional. As pessoas apresentam sinais de formas diferentes e, muitas vezes, mudam hábitos antes de perceberem que precisam de ajuda”, explicou.

A psicóloga ressaltou que é um equívoco acreditar que falar sobre suicídio pode incentivar o ato. “Quando alguém verbaliza a vontade de se suicidar, não significa que irá fazê-lo. É, na verdade, um pedido de ajuda. O suicídio é o último ato de uma sucessão de fatores que precisam de atenção muito antes”, afirmou.

Entre os principais sinais de alerta, Evelyn explicou que a depressão pode ser percebida quando a pessoa passa a se enxergar de forma muito negativa, olhando para si mesma em um estado ruim. Além disso, tende a acreditar que todos os outros estão bem e felizes, enquanto ela se sente deslocada. Outro ponto é a ausência de perspectiva de futuro, já que muitas pessoas em sofrimento não fazem planos nem conseguem criar expectativas.

Desconfortos emocionais

A especialista também chamou atenção para os quadros de ansiedade, crises de pânico e outros desconfortos emocionais frequentemente deixados de lado. “Não são apenas emoções passageiras. É fundamental compreender que saúde mental não deve ser deixada para depois”, destacou.

Para Evelyn, procurar um especialista é fundamental, já que conversas com amigos, apesar de importantes, partem de experiências pessoais.

“O terapeuta escuta de forma profissional e encaminha para o melhor tratamento. Além disso, a escuta ativa por um profissional é uma alternativa para quem não costuma se abrir no cotidiano”, concluiu a psicóloga, reforçando ainda a importância de manter sempre à mão os contatos de prevenção ao suicídio, como o telefone 188, do Centro de Valorização da Vida (CVV). 

Mical Damasceno faz reflexão espiritual em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio

Agência Assembleia / Fotos: Miguel Viegas

Na sessão plenária desta terça-feira (10), a deputada Mical Damasceno (PSD) fez uma reflexão em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro. De acordo com a parlamentar, por conta da passagem da data, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou o “Setembro Amarelo” para chamar atenção a esse problema.

Trajando amarelo em alusão à data, a parlamentar disse que queria levar o tema para o campo espiritual. “A vida humana é contemplada pela fé cristã como dom sagrado e a serviço da vida. Decorre do próprio Evangelho que se estende como o Evangelho da Vida. A pessoa é chamada a uma vida em plenitude e o direcionamento para a plenitude envolve muitos aspectos do viver, no entanto, a peregrinação desta vida pode se deparar com muitas dificuldades para o pleno desenvolvimento da pessoa, inclusive enfermidades e ameaças ao simples viver”, refletiu a deputada.

Ainda segundo Mical Damasceno, orientação contra o suicídio é uma realidade trágica, no mundo e que as pessoas experimentem desespero, a ponto de acreditar que a melhor opção é acabar com as suas próprias vidas; mas que a Bíblia oferece esperança, tanto para aqueles que estão considerando o suicídio, quanto para aqueles que foram afetados pelo suicídio de outra pessoa. 

“Este ano, o lema da campanha é: ‘Se precisar peça ajuda’, também já estão sendo desenvolvidas agora diversas ações. Para aqueles que estão desesperados, por favor, reconheçam que o suicídio não é a melhor opção, em Cristo há esperança. Também reconheço que vocês não estão sozinhos. De fato, a Bíblia fala de muitos que sentirão profundo desespero na vida, como Salomão. Em busca pelo prazer chegou ao ponto de odiar a viver, é o que está escrito em Eclesiastes 2:17. Elias também estava com medo, deprimido e ansiava pela morte. Jonas estava também desejou morrer. Até mesmo o apóstolo Paulo e seus companheiros missionários em um momento em que estavam passando por grande tribulação. Mas Salomão aprendeu a temer a Deus”, disse Mical.

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