‘Sustentabilidade na Prática’ aborda projetos de criação de abelhas voltados ao empreendedorismo

Agência Assembleia / Fotos: J.R.Lisboa

O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96.9 FM), recebeu, na manhã desta segunda-feira (13), o professor José Maurício Dias Bezerra, biólogo e geneticista, que fez uma explanação sobre projetos de criação de abelhas, desenvolvidos na Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Em conversa com a apresentadora e radialista Maria Regina Telles, o professor falou sobre a importância do mel produzido pela Abelha Tiúba (Melipona fasciculata), espécie sem ferrão bastante comum no Maranhão e reconhecida nacionalmente pela qualidade.

“O produto oriundo desse tipo de abelha se diferencia por ser mais líquido e aromático, com menor concentração de açúcares”, afirmou o professor José Maurício Dias Bezerra, explicando que, agora, a novidade é que pesquisadores e estudantes da Uema criaram incubadoras para multiplicar colmeias e ampliar a reprodução da espécie.

Acompanhado do estudante Ângelo Barbosa Ferreira Filho, aluno do Curso de Zootecnia, que deu seu testemunho sobre pesquisas realizadas na cidade de Anajatuba, o professor José Maurício Dias Bezerra destacou a relevância da abelha Tiúba para a biodiversidade, cultura e economia maranhense, além de incentivar práticas sustentáveis e empreendedoras ligadas à meliponicultura.

Maria Regina Telles com o professor da Uema, José Maurício Bezerra, e o estudante Ângelo Ferreira Filho, durante o programa, na Rádio Assembleia

Dia da Abelha Tiúba

O professor José Maurício Dias Bezerra informou que, no Maranhão, anualmente, é celebrado o 9 de setembro como Dia Estadual da Abelha Tiúba, instituído em homenagem ao professor Warwick Estevam Kerr, pioneiro da meliponicultura no Brasil.

“Para nós, essa data representa um momento de valorização e conscientização sobre a importância ecológica e econômica da espécie”, afirmou o professor. Ele assinalou que a Uema desenvolve pesquisas com o objetivo de investigar a cadeia produtiva do mel no Maranhão, para compreender os desafios enfrentados pelos produtores de mel de abelhas africanizadas e de abelhas indígenas sem ferrão.

“Esta tem sido uma iniciativa crucial para analisar o cenário atual da apicultura e meliponicultura no Maranhão, considerando a riqueza dos ecossistemas locais e os desafios enfrentados pelos produtores. O mel, um produto nobre, é resultado do trabalho das abelhas, e apesar de sua importância e potencial, os produtores encontram obstáculos que dificultam o pleno desenvolvimento dessas atividades”, frisou o professor.

Ele assinalou, também, que a Uema atua ativamente na área de pesquisa, compartilhando sua vasta experiência nos estudos e na criação de abelhas africanizadas e de abelhas sem ferrão, especialmente a Tiúba, uma das espécies mais tradicionais e comumente criadas no estado.

“Essa iniciativa demonstra o compromisso da Uema e de várias instituições envolvidas com o desenvolvimento sustentável da apicultura e meliponicultura no Maranhão, buscando superar os desafios e explorar as oportunidades para o crescimento do setor e o fortalecimento da economia local”, ressaltou o professor José Maurício Dias Bezerra.

 A entrevista completa pode ser acompanhada pelo link:

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda projetos da Associação Mulheres do Campo na zona rural de São Luís

Agência Assembleia / Foto: Miguel Viegas

Os projetos e ações sociais desenvolvidos pela Associação Mulheres do Campo, em comunidades da zona rural de São Luís, foi o tema abordado, na manhã desta segunda-feira (6), no programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia.

Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, a presidente da Associação, Maria Antônia Cavalcante, e a vice-presidente, Maria Alice Pires, fizeram uma explanação sobre os trabalhos da entidade, fundada em 2022, na localidade Coquilho, nas proximidades do Parque Independência, onde anualmente é realizada a Expoema.

Maria Antônia Cavalcante informou que a Associação, desde o ano em que foi criada, trabalha com o propósito de dar visibilidade às mulheres que trabalham com agricultura familiar na Ilha de São Luís.

A presidente da entidade assinalou que a Associação nasceu da necessidade de dar oportunidade para as mulheres que precisavam ficar em casa para cuidar da família. “Essas mulheres, normalmente, não têm renda, então, começamos a fazer pequenas ações sociais que, com o passar do tempo, cresceram. Foi quando decidimos formalizar a Associação, para buscarmos mais visibilidade”, explicou Maria Antônia.

Geração de renda

Ela destacou que a maioria das associações no segmento são comandadas por homens e que isto, de alguma forma, incomodava. “Hoje, já participamos de diversos projetos, vendendo nossas mercadorias, possibilitando realmente a geração de renda para as mulheres, e não só na agricultura, mas também no artesanato e na área da cultura”, explicou.

A vice-presidente da Associação, Maria Alice Pires, também enfatizou o papel feminino na agricultura familiar, assinalando que a presença feminina no setor ainda é vista com ressalvas. “A sociedade compreende que a agricultura é feita por homens, isto é cultural. Entende que o trabalho da mulher é menor, mas isto não é verdade, somos muito detalhistas, cuidadosas, o que é um diferencial das mulheres”, afirmou Maria Alice Pires.

Durante a entrevista, as dirigentes da Associação Mulheres do Campo falaram, ainda, sobre a importância do trabalho em equipe, promoção de eventos para divulgar e vender os produtos da agricultura familiar, a necessidade de combater o machismo e de empoderar as mulheres, entre outros temas.

A entrevista na íntegra pode ser acompanhada pelo link:

Projetos socioambientais do IFMA são tema do ‘Sustentabilidade na Prática’ desta segunda-feira

Agência Assembleia

A professora do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Cristiana Monteiro, foi a entrevistada do programa ‘Sustentabilidade na Prática’ desta segunda-feira (22), na Rádio Assembleia. Ela falou sobre os projetos socioambientais do IFMA, que têm impactos ecológicos e sustentáveis diretos na comunidade.
Os projetos envolvem startups que desenvolvem produtos cosméticos biosustentáveis, alguns deles com matéria-prima natural local, como o bacuri e o buriti.

“O bacuri, por exemplo, é anti-inflamatório, cicatrizante, e está dentro das nossas pesquisas para ser utilizado nos cosméticos que serão desenvolvidos”, disse a professora.

Cristiana Monteiro explicou, ainda, que há estudos e patentes sobre os benefícios do extrato da folha do bacuri. “Estamos desenvolvendo a fabricação de extratos totalmente vegetais que captam os benefícios dessa planta, não só das folhas, mas da casca, da polpa, que serão utilizados na confecção dos nossos cosméticos”, explicou.

Outro projeto realizado pelo IFMA é voltado para os manguezais, com estudo da biodiversidade do local considerado o berço marítimo do estado.

“Estamos desenvolvendo pesquisas sobre o impacto ambiental da degradação dos manguezais, coleta de água para análise e isolamento de micro-organismos com propriedades biológicas interessantes para algumas necessidades da sociedade, que pode ser antitumores, antifúngicas, anti bactérias, dentre outras”, pontuou.

Além disso, projeto para confecção de bioplásticos a partir do couro do peixe também está sendo desenvolvido. “É algo que além de ser sustentável, beneficiará também a comunidade pesqueira”, concluiu.

A aluna Elayne Caroline Freitas participou da entrevista. Ela faz parte da Startup Arhandu Ka’a e trabalha no Desenvolvimento dos Produtos Naturais e, atualmente, é bolsista do projeto “Bioformulação e validação de produtos Cosméticos à Base de Platonia Insignis”.

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda projeto Moda Legal de incentivo à reutilização de produtos têxteis

Agência Assembleia / Foto: Miguel Viegas

O programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu, na manhã desta segunda-feira (7), a advogada Indira Muniz, idealizadora e coordenadora do projeto Moda Legal, realizado pela Corregedoria-Geral de Justiça do Maranhão.

Durante a entrevista, Indira Muniz fez uma explanação sobre o projeto, que tem o objetivo de promover a transformação de resíduos têxteis em novas peças, incentivando o trabalho artesanal e sustentável em comunidades maranhenses.

Entrevistada pela apresentadora do programa, radialista Marina Souza, Indira Muniz disse: “Esse nosso projeto visa conscientizar sobre o consumo responsável e a redução do descarte de tecidos no meio ambiente. Além disso, o Moda Legal fomenta a geração de renda ao transformar resíduos têxteis em itens reutilizáveis e comercializáveis”.

Indira Muniz explicou que, com o apoio das unidades judiciais do Estado são disponibilizados cestos para a coleta de roupas e acessórios em bom estado ou sem utilidade para os doadores.

“Os materiais arrecadados são repassados a instituições parceiras, que os transformam em novas peças e itens de decoração. Além da reutilização dos materiais, as instituições realizam bazares comunitários para a venda de roupas em boas condições de uso, promovendo o consumo consciente e a inclusão social”, frisou a coordenadora do projeto Moda Legal.

Ela acrescentou que o projeto fortalece cada vez mais a política de sustentabilidade no âmbito do Poder Judiciário do Maranhão e consegue, também, conscientizar as pessoas em relação à poluição do meio ambiente por meio de resíduos têxteis, visando evitar a destinação inadequada e viabilizar a reutilização desses materiais.

Indira Muniz destacou que a gestão correta dos resíduos gerados contribui para a qualidade de vida, já que as ações de sustentabilidade são compreendidas como práticas institucionais que têm como objetivo a promoção de comportamentos éticos e que contribuam para o desenvolvimento ambiental, social, cultural e econômico.

A coordenadora do projeto Moda Legal frisou que a iniciativa está sendo implementada por etapas, de forma gradativa, com o objetivo de atingir todo o Poder Judiciário do Maranhão.

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda ações socioambientais ligadas ao surf e ao bodyboard no Maranhão

Agência Assembleia / Foto: Wesley Ramos

O programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu, na manhã desta segunda-feira (23), o presidente da Associação de Surf e Bodyboard da Praia do Olho d’Água (Asboa), Rogério Verde. Ele fez uma explanação sobre projetos realizados pela entidade, criada em São Luís, no mês de dezembro de 2004.

Entrevistado pela apresentadora do programa, radialista Maria Regina Telles, Rogério Verde disse que a Asboa nasceu de um projeto embrionário quando ministrava aulas de surf e bodyboard aos domingos, das 8h ao meio-dia. A partir daí, os voluntários integrantes da Asboa passaram a se reunir no ‘picoasboa’, ponto de encontro que surgiu informalmente na praia do Olho d’Água.

Rogério Verde, reconhecido como atuante ativista socioambiental no Maranhão, informou que, atualmente, mais de 50% das atividades da Asboa são realizadas por mulheres, o que resultou na criação do Movimento Surfa Minha Irmã, que incentiva o público feminino à prática de esportes aquáticos.

“A boa notícia é que estamos com um importante projeto já aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte, que vai nos permitir a implementação e ampliação do Projeto Onda Verde, que consiste na confecção de pranchas com garrafas pet, tendo como clientela alunos da rede pública de ensino”, afirmou o presidente da Asboa.

Ele acrescentou que o Projeto Onda Verde, que está em atividade desde o mês de março passado, atende jovens egressos de escolas da rede pública com aulas às segundas, quartas e sextas-feiras e nos fins de semana. Os voluntários deste projeto, segundo Rogério Verde, já realizaram visitas a diversas comunidades do litoral maranhense, abrangendo cidades como Cururupu, Apicum-Açu e Guimarães.

A ideia é estender as visitas a outros municípios como Alcântara, Arari, Santo Amaro, Primeira Cruz e Barreirinhas.

Incentivo

“Nós somos o segundo maior litoral do Brasil, razão pela qual o Maranhão tem tudo para ser um grande incentivador dos esportes aquáticos em toda a sua faixa litorânea”, frisou Rogério Verde.

“A nossa proposta fundamental é aproveitar mais o nosso litoral, despertar para a prática esportiva e mostrar e incentivar a preservação ambiental por banhistas e pelo poder público”, ressaltou o presidente da Asboa.

Ele enfatizou que, desde a criação da Asboa, surgiram em São Luís diversas opções de aulas de surf e bodyboard, tanto para iniciantes quanto para níveis mais avançados. “As aulas podem ser individuais ou em grupo, e muitas escolas oferecem pacotes com diferentes durações e níveis de intensidade”, assinalou Rogério Verde.

‘Sustentabilidade na Prática’ discute afroempreendedorismo feminino no Maranhão

Agência Assembleia / Foto: Meiky Braga

O afroempreendedorismo consiste em uma atividade empresarial realizada pela população negra que tem o intuito de não apenas movimentar a economia, mas principalmente fortalecer a cultura e a identidade afro. É uma forma de inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, uma vez que a população negra ainda é a mais afetada pela falta de oportunidades. Foi justamente pensando em formas de geração de renda para essas pessoas que surgiu a Feira MA Preta.

Este foi o tema do Programa Sustentabilidade na Prática da Rádio Assembleia (96,9 FM) desta segunda-feira (09). Apresentado pela radialista Maria Regina Telles, o programa recebeu em seu estúdio Ana Rosa Silva, a Aninha Pretha, idealizadora geral e coordenadora da Feira MA Preta; e Teresa Cristina Serejo Pinto, microempreendedora do ramo de vestuário do segmento afro, para um debate sobre o fortalecimento de afroempreendedoras e cultura negra no Maranhão.

A Feira MA Preta celebra o afroempreendedorismo, a cultura afro-brasileira e o fortalecimento econômico sustentável das comunidades negras maranhenses. O evento faz parte do calendário oficial do estado desde 2018, por meio da Lei Estadual nº 11.580, de autoria da deputada estadual Ana do Gás (PCdoB).

Início

Ana Rosa Silva, a Aninha Pretha, contou que o projeto surgiu com o objetivo de atuar para mudar a realidade causada pelo racismo estrutural, que faz com que as pessoas pretas fiquem de fora do mercado formal de trabalho. Tal situação se torna ainda mais grave com as mulheres, que muitas vezes são obrigadas a priorizar o cuidado com a família em detrimento a um trabalho que lhe gere renda.

“Nós iniciamos o nosso processo em 2018, ainda com o Feira SLZ Preta, que abrangia apenas o município de São Luís. Tivemos vários episódios de racismo, pois chegávamos aos eventos e sempre queriam que ficássemos na parte dos fundos. Nunca ficávamos em evidência. Com isso, entendemos que precisávamos não apenas de um espaço, mas ter dignidade para vender os nossos produtos”, disse Aninha Pretha.

Ainda durante a entrevista, Aninha Pretha falou sobre a importância de a Feira MA Preta estar, hoje, estabelecida no calendário oficial do Maranhão. “Se não tivéssemos no calendário, já teríamos sido esmagados nesse estado, que, infelizmente, ainda é muito racista. Hoje, estamos em 35 quilombos, em mais de 30 municípios. Temos mais de 500 afroempreendedoras. Não há outro negócio social no Maranhão ou no Brasil com essa quantidade de pessoas”, pontuou.  

Mudança de vida

Teresa Cristina Serejo Pinto é uma das primeiras integrantes da Feira MA Preta e, durante a entrevista, contou como a iniciativa transformou a sua vida. Hoje, ela possui um negócio próprio e é referência também no afroempreendedorismo dentro do ramo da confecção de roupas, bordados e outros adereços de religião de matriz africana.

Ela afirmou que começou a empreender após ter perdido o emprego e ainda depois de ter recebido um diagnóstico de câncer de mama. “A Feira Preta me abraçou quando eu mais precisava. Me ajudou a profissionalizar minha atividade e eu tive muitas aberturas. Hoje, eu consigo trabalhar com a confecção de roupas da minha religião. Sou do terreiro de Nossa Senhora da Vitória, no Cajupe”, disse a profissional, que hoje já se tornou Microempreendedora Individual (MEI) em virtude do aumento de demanda do seu negócio. 

A Feira MA Preta reafirma seu compromisso com a valorização da cultura afrodescendente, reunindo iniciativas que vão além do comércio, promovendo arte, literatura e debates que fortalecem as comunidades negras do Maranhão. Ao conectar empreendedorismo, ancestralidade e expressão artística, o evento se destaca como uma importante plataforma de visibilidade para a cultura afro-brasileira e um marco no calendário cultural do estado.

O programa Sustentabilidade na Prática vai ao ar todas às segundas-feiras, sempre às 10h, pela Rádio Assembleia (96,9 FM). O programa também está disponível no Youtube e pode ser acompanhado por meio do link: 

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda empreendedorismo feminino e ações de preservação ambiental em comunidades da zona rural de São Luís

Agência Assembleia / Foto: Miguel Viegas

O programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu, na manhã desta segunda-feira,2, a presidente da União de Moradores do Bairro Alegria Maracanã (Umbam), Odelina Ferraz; e a vice-presidente, Flávia de Sá. Elas fizeram uma explanação sobre projetos de empreendedorismo feminino e de preservação ambiental em fase de execução na APA do Maracanã.

Entrevistadas pela apresentadora e radialista Maria Regina Telles, as duas ambientalistas explicaram que a Área de Proteção Ambiental (APA) do Maracanã é uma unidade de conservação de uso sustentável localizada na zona rural de São Luís.

“É importante informar que a APA do Maracanã foi criada pelo Governo do Estado em 1991, com o objetivo de proteger a nossa região da degradação ambiental, especialmente, diante da proximidade com o Distrito Industrial”, afirmou Odelina Ferraz. Ela acrescentou que a APA engloba as localidades de Maracanã, Vila Sarney, Vila Esperança e Rio Grande.

Durante a entrevista, Flávia de Sá, conselheira ambiental da APA do Maracanã e coordenadora do Grupo de Mulheres Artesãs Empreendedoras, disse que o foco principal de seu trabalho na área é a geração de renda atrelada à sustentabilidade, a partir de oficinas de artesanato com materiais extraídos de juçareiras.

Odelina Ferraz assinalou que o Grupo de Mulheres Artesãs Empreendedoras surgiu simultaneamente com o Coletivo Companhia Juçara com Farinha, que agrega artistas que desenvolvem trabalhos com teatro e cordel.

Flávia de Sá discorreu, também, sobre o projeto ‘Rede de Prosperidade Familiar’, em parceria com empresas privadas, que visa o combate à extrema pobreza. “Esse projeto atende 100 famílias em estado de vulnerabilidade social, que foram cadastradas para receber cestas básicas e medicamentos. Também ministramos a elas, cursos e palestras com o foco na geração de renda para essas comunidades carentes”, salientou Flávia de Sá.

Ela fez questão de destacar o trabalho da Companhia Teatral Juçara com Farinha, que nasceu no ano de 2018 durante uma apresentação das irmãs Odelina e Raimunda Ferraz em comemoração ao Dia das Mães. 

Desde então, a Companhia realiza apresentações na Comunidade de Alegria Maracanã, local de sua moradia e em outras comunidades da área rural, difundindo aspectos socioambientais e culturais através de pequenos diálogos entre duas personagens: Maricota e Morena.

Um ponto forte da dupla que integra a Companhia é a produção de cordéis, criados em diversas situações, como aniversários, cultura local, manifestos, acolhimentos a visitantes, agradecimentos, homenagens in memoriam, e abordando temas diversificados de acordo com a demanda da comunidade e amigos próximos.

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda seminário internacional de arquitetos sobre a COP 30 que acontecerá em São Luís

Agência Assembleia / Foto: Miguel Viégas

O programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu na manhã desta segunda-feira (26),  o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-MA), Marcos Dias. Ele fez uma explanação sobre o Seminário Internacional IAB Construindo uma Agenda Urbana Mundial para a COP30, que será realizado em São Luís, nos próximos dias 5 e 6 de junho.

Entrevistado pelo radialista Henrique Pereira, Marcos Dias explicou que o Instituto de Arquitetos do Brasil, em parceria com a União Internacional de Arquitetos (UIA), a Federação Panamericana de Associações de Arquitetos (FPAA) e o Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (Cialp), realizarão o seminário no tradicional bairro da Praia Grande, no Centro Histórico de São Luís.

Marcos Dias informou que Seminário Internacional visa reunir arquitetos e urbanistas, gestores públicos e representantes do setor privado do Brasil e do mundo para discutirem e formular propostas que contribuam para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro de 2025.

Segundo Marcos Dias, a programação do Seminário Internacional acontecerá em forma de circuito cultural, com atividades realizadas no Teatro João do Vale e em diferentes casarões localizados na Rua da Estrela, no Centro Histórico de São Luís. Os debates abordarão temas como adaptação das cidades às mudanças climáticas, preservação de florestas, populações tradicionais, urbanização sustentável, arquitetura resiliente ao clima e financiamento de infraestruturas urbanas.

Desafios

“Desde a Carta de Atenas, em 1933, os desafios urbanos evoluíram, a crise climática se agrava e ameaça o planeta e as cidades. Em 2025, com mais de 8,2 bilhões de habitantes e 55% vivendo em cidades, a necessidade de sistemas urbanos resilientes é urgente. O Relatório Mundial das Cidades de 2024 alerta que os investimentos no enfrentamento às mudanças climáticas nas cidades só chegam a 20% do que é realmente necessário para esse fim. O Seminário ‘Construindo uma Agenda Urbana Mundial para a COP 30’ reunirá especialistas e autoridades para consolidar a Carta de São Luís, orientando ações urbanas e ambientais futuras”, declarou o presidente do Departamento do IAB Maranhão, Marcos Dias.

Ele acrescentou que, além dos debates, o Seminário Internacional vai constar de exposições, workshops e concursos abertos a toda a sociedade. A expectativa é de que o evento reúna mais de mil pessoas.

Marcos Dias assinalou que a ideia de um seminário internacional que trate de temas como meio ambiente e patrimônio no contexto da COP30 foi lançada em uma discussão entre arquitetos brasileiros e franceses na Assembleia Geral da União Internacional de Arquitetos (UIA), realizada em novembro de 2024.

A proposta começou a amadurecer a partir da relação histórica entre os dois países e será simbolizada em dois importantes fatos: o local de realização do seminário, São Luís do Maranhão, que foi fundada pelos franceses em 1612 e o Centro Histórico tombado pela Unesco, oferecendo, assim, um ambiente ideal para discussões sobre sustentabilidade

Junto ao seminário, nos dias 7, 8 e 9 de junho, os arquitetos e urbanistas sócios do IAB irão se reunir no 180º COSU. A agenda na capital do Maranhão finaliza-se com uma excursão a Barreirinhas e aos Lençóis Maranhenses, que são Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.

Assista ao programa no link:  https://www.youtube.com/watch?v=SmwUdx4cCVI