‘Sustentabilidade na Prática’ aborda implantação de ações do Programa Lixo Zero no Maranhão

Agência Assembleia

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A implantação de ações do Programa Lixo Zero no Maranhão foi o tema abordado, na manhã desta segunda-feira (24), no programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM). A geóloga Cláudia Martins fez uma explanação sobre educação ambiental e sobre ações sustentáveis na cadeia de reciclagem de resíduos sólidos.

Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, a geóloga explicou que, desde o ano de 2021, atua no Maranhão com a função de ‘embaixadora’ do Instituto Lixo Zero Brasil, entidade sem fins lucrativos que a incumbência de formatar propostas viáveis para a destinação correta dos resíduos sólidos no país.

Geóloga e consultora ambiental, Cláudia Martins disse que “as preocupações com a destinação correta dos materiais coletados têm múltiplas motivações e vão desde a preservação do meio ambiente a questões econômicas e geopolíticas”.

Ela acrescentou que outro ponto importante é que o Programa Lixo Zero não se limita a discutir somente reciclagem, mas também o comportamento de utilizar os resíduos que atualmente se tornam rejeitos, além de debater dentro das organizações públicas e privadas a viabilidade de métodos eficientes para que a produção destes resíduos seja reaproveitada em outros tipos de materiais.

Para Cláudia Martins, antes de pensar no reaproveitamento de todo material com a filosofia do lixo zero, é importante ter a reflexão do que é necessário gerar, e a partir deste pensamento praticar o consumo consciente e suficiente e não a geração de resíduos.

Durante a entrevista, a geóloga informou que o Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB) é uma organização da sociedade civil autônoma, sem fins lucrativos pioneira na disseminação do conceito Lixo Zero no Brasil.

Fundado em 2010, O ILZB representa no Brasil a ZWIA – Zero Waste International Alliance, movimento internacional de organizações que desenvolvem o conceito e princípios Lixo Zero no Mundo.

Cláudia Martins assinalou que o Instituto Lixo Zero Brasil apoia iniciativas como o filme “Mar de Lixo”, documentário inteiramente maranhense produzido cineasta Taciano Brito através da KatuFilm, que começou a ser gravado em 2015 e foi lançado no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, no Cinema Sesc, na unidade Sesc Deodoro, em São Luís. 

De acordo com Cláudia Martins, trata-se de uma obra impactante, que aborda a crescente crise ambiental, também causada pelo descarte inadequado de resíduos.

“O cineasta Taciano Brito apostou em uma captação minuciosa de imagens impactantes e em uma montagem peculiar, resultado de anos de pesquisa e filmagens realizadas em diversas localidades do Maranhão, evidenciando o choque entre a beleza natural da região e os desafios que ela enfrenta devido ao lixo”, frisou Cláudia Martins. 

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda política de gestão integrada de resíduos sólidos do MA

Agência Assembleia/ Foto: Biaman Prado

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A advogada Elisabeth Costa de Oliveira, coordenadora da área ambiental da Agência Executiva Metropolitana (Agem), concedeu entrevista, na manhã desta segunda-feira (17), ao programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), ocasião em que fez uma explanação sobre política de gestão integrada de resíduos sólidos do Maranhão.

No programa, apresentado pela radialista Adryane Paiva, Elisabeth Oliveira detalhou o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana da Grande São Luís, elaborado entre os anos de 2018 e 2019. “Trata-se de um instrumento de planejamento, elaborado com a devida previsão de que, com o passar dos anos, haveria aumento na produção de resíduos sólidos, que é uma realidade agora”, ressaltou. 

Especialista em saneamento básico, Elisabeth Oliveira explicou que o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana da Grande São Luís visa auxiliar no planejamento e direcionamento de ações, em um esforço intermunicipal na busca de soluções para os resíduos sólidos, que sejam viáveis sob o ponto de vista econômico, social e ambiental, considerando as particularidades e os desafios locais que se impõem.

A coordenadora da área ambiental da Agem falou sobre a realização da Conferência Metropolitana que, segundo ela, foi de fundamental importância para que se dê a continuidade da implementação da gestão compartilhada. “Com isso, estamos obedecendo aos critérios legais, tanto do Estatuto da Metrópole quanto da Lei Complementar nº 174/2015, em âmbito estadual”, frisou.

Lixões desativados

Ela acrescentou que, anualmente, o Governo do Estado, por meio da Agência Executiva Metropolitana (Agem), realiza um balanço sobre a destinação de resíduos sólidos para o Aterro Sanitário de Titara, em Rosário. A especialista informou que nove municípios da Região Metropolitana da Grande São Luís (Axixá, Bacabeira, Icatu, Morros, Paço do Lumiar, Raposa, Rosário, São José de Ribamar e Santa Rita) já tiveram seus lixões desativados.

Durante a entrevista, a especialista discorreu também sobre o trabalho realizado por associações e cooperativas de reciclagem que funcionam na Grande São Luís. Ela frisou que a utilização de lixões traz diversos prejuízos para o meio ambiente, pois neles os resíduos sólidos (antes chamados de lixo) são depositados a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento adequado.

“No aterro sanitário, por sua vez, o solo recebe uma cobertura, uma impermeabilização”, explicou. A destinação final em Titara faz parte do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana da Grande São Luís (PGIRS/RMGSL). O documento foi concluído em 2019 e visa atender às exigências do Marco Legal do Saneamento Básico, o PL 4162/19, do Poder Executivo, que, dentre outras coisas, trata do fim dos lixões.

‘Sustentabilidade na Prática’ – Professor ressalta importância da Amazônia para o mundo

Agência Assembleia/ Foto: Wesley Ramos

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O professor Celso Henrique Leite Silva Júnior, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, concedeu entrevista, na manhã desta segunda-feira (10), ao programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), ocasião em que ressaltou a importância da Floresta Amazônica para o Brasil e o mundo.

Durante o programa, apresentado pelas radialistas Maria Regina Telles e Adryane Paiva, Celso Henrique Leite discorreu também sobre aspectos do monitoramento e conservação de florestas tropicais em face das mudanças climáticas que estão ocorrendo no mundo.

Graduado em Engenharia Ambiental, e atualmente professor do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação (PPGBC) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Celso Henrique afirmou que a perda de carbono florestal devido ao desmatamento e à degradação, ações causadas pelos seres humanos, estão superando rapidamente as taxas atuais de recuperação das florestas tropicais.

De acordo com Celso Henrique Leite Silva Júnior, as florestas tropicais são ecossistemas vitais na luta contra as mudanças climáticas, por isso já há importantes estudos de pesquisadores que quantificaram as taxas de recuperação de estoques de carbono acima do solo usando dados de satélite das três maiores florestas tropicais do mundo: Amazônia, da África Central e Bornéo, ilha localizada no sudeste asiático.

Segundo o professor da Ufma, que fez doutorado em sensoriamento remoto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as florestas degradadas (que se recuperaram de ações humanas como queimadas e a extração seletiva de madeira) e as florestas secundárias (que crescem em áreas anteriormente desmatadas) removem da atmosfera anualmente 107 milhões de toneladas de carbono, na região tropical.

“Esses dados demonstram o importante valor do carbono na conservação das florestas em recuperação em todos os trópicos do planeta, mas essa quantidade de carbono absorvido no crescimento dessas florestas foi suficiente apenas para equilibrar cerca de 26% das emissões de carbono atuais devido ao desmatamento e à degradação das florestas tropicais”, frisou o professor.

Restauração

Ele acrescentou que pesquisadores também identificaram que cerca de um terço das florestas degradadas por ações humanas foram novamente desmatadas, agravando mais a vulnerabilidade da captura de carbono por elas.  Durante a entrevista, o professor Silva Júnior falou ainda que, além de proteger as florestas maduras que ainda não sofreram os impactos negativos devido a ações humanas, é necessário somar esforços para garantir a restauração das florestas que foram desmatadas ou degradadas.

“A restauração florestal pode garantir a recuperação dos serviços ambientais fornecidos pelas florestas, ao mesmo tempo que traz benefícios econômicos e sociais para a população local das nações tropicais”, afirmou.

O professor Celso Silva Júnior destacou também, durante a entrevista, um trabalho de pesquisa realizado com a participação da UFMA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“É importante observar que os resultados encontrados no trabalho conjunto da UFMA com o Inpe vão apoiar os tomadores de decisões no Brasil em estratégias nacionais de combate às mudanças climáticas, o que reforça a necessidade de as autoridades tratarem o investimento em ciência como um projeto de Estado”, ressaltou.

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda projeto da Embrapa de combate à insegurança alimentar no Maranhão

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas 

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O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), abordou na manhã desta segunda-feira (3) uma nova tecnologia, desenvolvida pela Empesa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que permite que famílias de baixa renda se alimentem do que produzem e, ainda, possibilita a comercialização do que sobra dessa produção. Isso é possível graças a uma tecnologia social que completou 21 anos. É o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, conhecido como ‘Sisteminha’.

O pesquisador da Embrapa Luiz Carlos Guilherme, ex-professor de genética da Universidade Federal de Uberlândia, discorreu sobre o assunto, ao ser entrevistado pelas radialistas Maria Regina Telles e Adriane Paiva. Ele explicou que o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, o ‘Sisteminha’, representa atualmente uma das tecnologias sociais de maior sucesso no Brasil e já adotada em diversos outros países. 

“Esta tecnologia permite que famílias de baixa renda possam se alimentar com o que é produzido localmente, por meio de estruturas simples montadas com recursos disponíveis no lugar. A produção excedente pode ser partilhada com vizinhos ou mesmo comercializada”, afirmou Luiz Carlos Guilherme. 

Ele acrescentou que, atualmente, o ‘Sisteminha’ beneficia principalmente os povos de comunidades tradicionais, entre eles os indígenas, quilombolas, povos de terreiro, catadores de caranguejo e de mariscos, entre outros. 

No Maranhão, segundo Luiz Guilherme, o ‘Sisteminha’ está presente nas comunidades familiares mais carentes, que se encontram abaixo da linha da pobreza e em insegurança alimentar, como as pertencentes aos Territórios dos Cocais e Baixo Parnaíba maranhenses.

“São 29 modalidades que nós temos de povos de comunidades tradicionais. E normalmente há uma dificuldade muito grande em relação à produção diária, para suprir proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. O ‘Sisteminha’ promove a produção integrada de alimentos, de origem animal e vegetal, em pequenos espaços. E amplia a interação destas comunidades, porque várias famílias são parceiras na execução e implementação dessa nova tecnologia”, assinalou o pesquisador. 

Desenvolvimento comunitário

Com graduação e mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras e doutorado em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia, Luiz Guilherme acrescentou que, atualmente, além de contribuir para a segurança alimentar e nutricional da família, quando instalado com ênfase na comunidade, a produção é incrementada para atender ao mercado local, podendo se tornar modelo de empreendedorismo e desenvolvimento comunitário. 

Esse processo de escalonamento da produção do ‘Sisteminha’ está sendo conduzido pela Embrapa Cocais (MA), em algumas comunidades do Maranhão e Piauí, com resultados promissores. O Maranhão adotou a tecnologia em projetos de desenvolvimento social que estão sendo ampliados em comunidades indígenas, quilombolas e áreas periféricas.

Segundo Luiz Guilherme, o ‘Sisteminha’ permite o uso de fontes alternativas de energia e garante às famílias alimentação equilibrada durante o ano todo. A plantação é escalonada, ou seja, o plantio é feito aos poucos; assim a colheita é gradual, para não faltar nem sobrar muitos alimentos. Em cada fase, algo é acrescentado.

“São soluções tecnológicas que consistem na integração do tripé peixe, aves e húmus, em associação ou rodízio com outras atividades da cadeia alimentar, tendo, como ponto central da produção integrada, a piscicultura intensiva. Outro diferencial do Sisteminha é que, por exemplo, a própria produção de peixes em tanques sequestra mais de 60% do carbono que poderia ir para a atmosfera. Tecnologia sustentável social, econômica e ambientalmente”, frisou o pesquisador.

Ele salientou, também, que a inovação desenvolvida e que viabilizou a tecnologia foi a simplificação do biofiltro utilizado no sistema de recirculação da água do tanque de criação de peixes. Este sistema permite a degradação da amônia (tóxica para os peixes), que é transformada em nitrato pela ação bacteriana. Por isso, o tanque, que consegue oferecer água rica em nutrientes para as plantações, é o módulo principal, considerado o “coração” do ‘Sisteminha’.

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda desafios da gestão ambiental e mudanças climáticas

Agência Assembleia/ Fotos: Biaman Prado

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Os desafios da gestão de riscos ambientais em cenários de mudanças climáticas foram abordados, na manhã desta segunda-feira (13), no programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM).

O mestre em Engenharia Ambiental Márcio Costa Fernandez Vaz dos Santos e o arquiteto urbanista Roberto Furtado fizeram uma explanação sobre as fortes chuvas que já causaram estragos em centenas de cidades do Rio Grande do Sul, e analisaram riscos de catástrofes ambientais também no Maranhão.

Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, o professor Márcio Vaz, na condição de consultor de Meio Ambiente, analisou a atual situação do Rio Grande do Sul, onde o número de pessoas que está temporariamente morando em abrigos chegou a 80 mil (80.826), conforme o mais recente boletim da Defesa Civil estadual, divulgado às 9h desta segunda-feira (13).

Devido às fortes chuvas que causaram estragos em centenas de cidades do Rio Grande do Sul, há duas semanas, mais de meio milhão (538.241) de gaúchos estão desalojados, porque foram obrigados a abandonar a própria casa para ficar em segurança.

Mestre em Engenharia Ambiental Márcio Costa Fernandez Vaz com a radialista Maria Regina Telles

“O Rio Grande do Sul está localizado numa região subtropical, sujeita a frequentes frentes frias e a chuvas de grande intensidade”, afirmou Márcio Vaz. Ele também apontou causas e consequências de inundações e alagamentos em cidades do Maranhão, especialmente na região do Médio Mearim e da Baixada Maranhense.

“O Maranhão está muito próximo da linha do Equador. As frentes frias não chegam aqui. As nossas chuvas normalmente são muito regulares e estão muito associadas a variações climáticas decorrentes do chamado Equador Meteorológico”, declarou Márcio Vaz.

Ele advertiu que os campos da Baixada Maranhense estão abaixo do nível do mar, o que é uma situação preocupante, daí o projeto dos Diques da Baixada, discutido há vários anos por órgãos governamentais da área ambiental, mas que até agora não saiu do papel.

Ocupação do solo

Entrevistado no segundo bloco do programa ‘Sustentabilidade na Prática’, o arquiteto urbanista Roberto Furtado discorreu sobre modelos de ocupação do solo e locais inapropriados para habitação e fez uma análise sobre a legislação urbanística do país.

Ele abordou o fenômeno das inundações e dos alagamentos, estes considerados de solução mais fácil do ponto de vista da Engenharia, como é o caso do Mercado Central, em São Luís, localizado na parte baixa da cidade, e costumeiramente afetado por problemas de obstrução no sistema de drenagem.

Arquiteto urbanista Roberto Furtado conversou com a radialista Maria Regina Telles

Roberto Furtado afirmou que é muito importante a discussão sobre os impactos das mudanças climáticas no dia a dia da população. Segundo ele, alguns desses impactos já são sentidos, principalmente pelas populações mais vulneráveis, como alagamentos, deslizamentos e estiagens. Para ele, a mudança climática é um dos principais desafios do século XXI.

O especialista ressaltou que é preciso urgência na adoção de medidas de adaptação (necessárias para proteger as populações no momento presente) e também de medidas que evitem que a situação se agrave ainda mais no futuro. E comentou algumas dessas medidas, frisando que deve haver comprometimento tanto dos governantes quanto da sociedade como um todo.

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda ações do projeto Casa de Apoio Viver

Agência Assembleia

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Para acolher melhor pessoas com câncer que buscam tratamento em São Luís, a Casa de Apoio Viver foi criada em 2020. Nesta segunda-feira (6), o programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu Pedrolina Araújo  Pinto e Laudenir Correia Bastos, fundadora e coordenador da Casa de Apoio Viver, respectivamente, que falaram sobre as ações desenvolvidas pelo projeto.

Atualmente, a Casa de Apoio Viver está realizando uma campanha de arrecadação de produtos de limpeza com o objetivo de humanizar ainda mais o atendimento às pessoas com câncer e seus acompanhantes. 

As doações dos materiais podem ser feitas na Rua 1, Casa 40, no Filipinho. Também pode entrar em contato pelos telefones (98) 98431-5370 ou (98) 98811-6765 em busca de mais informações sobre o projeto e as doações. 

“O que as pessoas puderem doar é importante, pois a alimentação é o que mais custa. Estamos de braços abertos para receber qualquer doação”, disse Pedrolina Araújo. 

Fundada em 2020, durante o auge da pandemia de Covid-19, a Casa de Apoio Viver se destina a ajudar e oferecer assistência e abrigo para acompanhantes e pacientes em tratamento de câncer em São Luís. 

Durante entrevista conduzida pela radialista Maria Regina Telles, a precursora do projeto, Pedrolina Araújo, contou que viveu o drama de ser acometida por um câncer, em meados de 2006. Na ocasião, ela trabalhava como voluntária no Hospital do Câncer Aldenora Bello, referência no tratamento da doença no Maranhão. 

Em 2015, ela deu início ao trabalho de acolher, ainda em sua própria casa, as pessoas que vinham de outras cidades, principalmente do interior, que estavam em tratamento de câncer. No ano de 2020, foi fundada oficialmente a Casa de Apoio Viver, localizada no bairro do Filipinho.  

O programa ‘Sustentabilidade na Prática’ vai ao ar sempre às segundas-feiras, às 10h.

‘Sustentabilidade na Prática’ trata sobre o Projeto BF Empreendedor na periferia de São Luís

Agência Assembleia

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A professora Dolores Soares falou, na manhã desta segunda-feira (29), sobre os trabalhos do Projeto BF Empreendedor, realizados em São Luís, durante entrevista concedida ao programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM).

Na condição de coordenadora do Projeto BF Empreendedor, a professora Dolores Soares, entrevistada pelas radialistas Maria Regina Telles e Adriane Paiva, discorreu sobre educação empreendedora e ações sustentáveis.

Ela informou que o projeto, iniciado no Bairro de Fátima e outras áreas periféricas de São Luís, com o objetivo de capacitar mulheres para o empreendedorismo, está comemorando seis anos de existência e, agora, parte para uma experiência nova: a articulação com escolas da rede municipal de ensino.

Graduada em Letras, Dolores Soares assinalou que, após adquirir experiência como professora, palestrante e líder comunitária, buscou capacitação nas áreas de liderança e mobilização social. “Foi nessa circunstância que, no ano de 2018, tive a ideia de fundar um projeto social voltado para mulheres da periferia, em sua maioria mulheres negras e mães solteiras”, declarou a professora.

Parcerias

Ela acrescentou que hoje o projeto mantém parcerias importantes com o Sebrae, Rede Mulheres Empreendedoras, Itaú Social, Instituto Natura e outras instituições.

Além de intensificar os contatos com entidades comunitárias do Bairro de Fátima, a coordenação do Projeto BF Empreendedor está estendendo seus trabalhos em outras áreas suburbanas: “Para nós, periferia não é carência; periferia é potência. Por essa razão, o nosso foco é buscar capacitação para mulheres, geralmente negras, na periferia de São Luís. O que queremos é que estas mulheres sejam empoderadas e capacitadas para enfrentar os desafios do dia a dia”, frisou Dolores Soares.

Ela enfatizou que, ao longo de seis anos, mais de 2 mil mulheres já foram beneficiadas pelo projeto. “Inúmeras mulheres já foram impactadas pelo nosso trabalho, com diversos cursos e oficinas de capacitação”, ressaltou.

No segundo bloco do programa ‘Sustentabilidade na Prática’, a entrevistada foi a microempresária Francisca Alves, proprietária da Plenitude Lanches, microempresa que funciona desde 2020 no bairro Coroadinho. “Nós somos fruto do projeto BF Empreendedor, com muito orgulho”, afirmou Francisca Alves, cuja empresa trabalha com encomendas de salgados, tortas, lanches, pastéis e bolos caseiros.

Cozinheira profissional, Francisca Alves declarou que agora resolveu fazer o curso de graduação em Gastronomia, para ampliar a atuação de sua pequena empresa na fabricação de doces e salgados.

Microempresária Francisca Alves foi entrevistada por Maria Regina Telles e Adriane Paiva
Foto: Miguel Viegas

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda sistemas agroflorestais com potencial inovador

Agência Assembleia

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A superintendente de Recursos Florestais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais, Scarleth Karolyne, concedeu entrevista, na manhã desta segunda-feira (25), ao programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96.9 FM). A gestora fez um relato sobre a visita técnica realizada para conhecer sistemas agroflorestais de referência no estado do Pará. A expedição aconteceu no período de 11 a 14 de março no município de Tomé-Açu (PA).

Durante o programa, apresentado pelas radialistas Maria Regina Telles e Marina Sousa, Scarleth Karolyne explicou que o uso de sistemas agroflorestais tem atraído a atenção dos estados por ser uma estratégia que compatibiliza preservação ambiental e desenvolvimento econômico. Dentro dessa perspectiva, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) enviou uma equipe de técnicos numa expedição ao estado do Pará junto com profissionais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Scarleth Karolyne destacou a importância de investir no conhecimento de novos métodos de produção e recuperação de áreas alteradas. “Os resultados dessa nossa expedição irão complementar o projeto que visa fortalecer a cadeia produtiva no estado em conformidade com o propósito do governador Carlos Brandão de diversificar e ampliar a produção para gerar mais emprego e renda no campo”, assinalou.

De acordo com informações de Scarleth Karolyne, os técnicos da Superintendência de Recursos Florestais e da Superintendência de Economia Verde da Sema visitaram no Pará imóveis rurais que utilizam Sistemas Agroflorestais (SAFs), nas quais foram apresentados os consórcios entre culturas agrícolas como o cultivo de arroz, mandioca, abóbora, maxixe e pimenta-do-reino, com o plantio de árvores, como o dendezeiro, castanheira, cupuaçuzeiro, cacaueiro, andirobeira e açaizeiro.

Scarleth Karolyne disse que foi realizada visita à Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), uma agricultura sustentável existente no município há mais de 90 anos, onde puderam obter informações sobre os mercados local e internacional, configurando-se o Japão como o principal país de destino das exportações, especialmente de cacau e açaí. 

Produtos secos

A equipe também conheceu a Agroindústria de Polpas, Óleos e Produtos Secos da CAMTA, agroindústria voltada à separação e seleção de produtos secos, tais como amêndoas de cacau, pimenta-do-reino, e óleos de maracujá e andiroba. Outra experiência de sucesso foi a produção de polpas, onde são produzidos 15 sabores diferentes, como o açaí, cajá, pitaya, cupuaçu e acerola.

Após a expedição, a Sema e a Embrapa reuniram-se para discutir os resultados sobre a expedição e alinhar ações para a continuidade de atividades voltadas à implantação de projetos que envolvam manejo florestal e recuperação de áreas degradadas com técnicas como SAFs.

Scarleth Karolyne frisou que sistema agroflorestal é uma forma de uso do solo que combina o cultivo de elementos perenes, elementos semiperenes, elementos de ciclo curto e elemento eventual, proporcionando equilíbrio entre a produção de alimento e o desenvolvimento sustentável.