‘Sustentabilidade na Prática’ aborda ação de educadores ambientais em favor da fauna maranhense

Agência Assembleia/ Foto: Kristiano Simas

O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu na manhã desta segunda-feira (28) os biólogos conservacionistas e educadores ambientais Bruno da Silva Nunes Lacerda e Karen Estefani Conceição Carvalho dos Santos. Eles são integrantes do Laboratório de Conservação e Ecologia da Vida Silvestre (Lab-CEVS), da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, os biólogos conservacionistas fizeram uma explanação sobre as atividades do Lab-CEVS, entre elas ações voltadas para a conservação da biodiversidade e para a preservação de espécies da fauna maranhense ameaçadas de extinção.

“Para nós, esta questão é muito preocupante, pois o Maranhão possui dois biomas: a Amazônia e o cerrado, e temos dados e estatísticas que mostram um cenário alarmante de desmatamento, que causa fragmentação do habitat natural”, afirmou Bruno da Silva Nunes Lacerda.

Ele explicou que no Laboratório de Conservação e Ecologia da Vida Silvestre há um importante projeto de extensão, intitulado “Na Mira da Extinção”, que enfoca espécies da fauna maranhense ameaçadas de extinção, como a anta, o gato do mato, a onça pintada e a raposinha do campo.

Caça e tráfico

A bióloga conservacionista e educadora ambiental Karen Estefani Conceição Carvalho dos Santos observou que, além do desmatamento, a fauna maranhense vê-se ameaçada também pela caça e tráfico de espécies e, ainda, por doenças que podem ser transmitidas de animais domésticos para animais silvestres.

Graduados em Ciências Biológicas, Bruno Lacerda e Karen Estefani agora fazem pós-graduação no Programa de Ecologia e Conservação da Biodiversidade.       

Eles informaram que o Lab-CEVS é basicamente uma continuidade das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade (NuPEC-Bio), outrora existente e ligado ao Departamento de Biologia da Uema.

Desta forma, mesmo não tendo sido formalmente institucionalizado, o Lab-CEVS já vem atuando há tempos nas esferas estadual, nacional e internacional. Projetos ligados a este laboratório estão presentes em diversos biomas e estados do Brasil, assim como em outros países, de acordo com os projetos ligados aos Programa de Conservação e Pesquisa Gatos do Mato – Brasil/Américas e do ‘working group’ Tiger Cats Conservation Initiative (TCCI), todos sob a coordenação do chefe deste Laboratório.

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‘Sustentabilidade na Prática’ fala sobre importância da coleta seletiva

Agência Assembleia/ Fotos: Miguel Viegas

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O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), abordou, nesta segunda-feira (10), a importância da coleta seletiva. A apresentadora, jornalista Maria Regina Telles, conversou sobre o assunto com a presidente da Cooperativa de Resíduos Sólidos do Maranhão (Cooresoma) e representante do Maranhão na Comissão Nacional de Catadoras e Catadores na Região Norte, Maria José Castro, e a catadora Hilda Maria Santos de Jesus, de São Luís.

Inicialmente, Maria José Castro falou de sua trajetória de luta como catadora e dirigente da cooperativa. Também agradeceu o espaço oportunizado pela Rádio Assembleia.

“Há 23 anos, estou nessa caminhada. Sempre tive o propósito de limpar a cidade. Diziam que era loucura minha. Nosso trabalho gera lucro para todo mundo. Pegamos material com nossos parceiros e levamos para os nossos fornecedores. Se não tiver uma cooperativa, você não pode fazer logística reversa. Desde 2001, somos uma profissão reconhecida. Infelizmente, nem todo mundo reconhece a importância de nosso trabalho. Agradecemos a Rádio Assembleia por nos dar visibilidade”, afirmou.

Por sua vez, a catadora Hilda Maria destacou a importância do trabalho e de como é desenvolvido pelos catadores.

“Graças a Deus, com a organização e criação da cooperativa, melhoramos nossas condições de vida com a renda que auferimos e, ao mesmo tempo, estamos prestando um grande serviço para a sociedade. Precisamos de mais apoio do poder público e da sociedade civil organizada para avançarmos mais ainda no nosso trabalho de catadoras. Aos poucos, vamos adquirindo o reconhecimento da sociedade”, afirmou.

Denúncia

Maria José Castro denunciou que o galpão da Cooresoma, localizado no Parque Pindorama, foi atacado por vândalos e o pessoal que trabalhava lá recebeu ameaça de morte.

“Roubaram quase tudo do nosso local de trabalho. Fomos obrigados a deixar de trabalhar no nosso galpão por falta de segurança. Isso impede que a gente leve o material que coletamos para o nosso local de trabalho. Mas, não vamos parar”, salientou.

Desafios

Por fim, Maria José Castro falou sobre os desafios enfrentados pelos catadores e catadoras do estado do Maranhão.

“Nosso maior desafio é o de colocar o Maranhão no circuito nacional.  Estamos formando uma rede com nove empreendimentos de vários municípios, como, por exemplo, Paulino Neves, São José de Ribamar, Miranda e São Luís e a rede de Catadores da Amazônia Legal”, enfatizou.

Maria José Castro afirmou que as cooperativas estão sendo estruturadas com o apoio do Sebrae e que, neste mês, nos dias 28, 29 e 30, vão participar do Encontro de Catadores da Amazônia Legal.

“Em agosto, realizaremos o Encontro de Mulheres, com representantes de todas as regionais. Recebemos muitas demandas de interessados em organizar cooperativas. Estamos avançando no nosso trabalho. Mas, precisamos de muito mais”, acrescentou.

Maria José Castro reforçou que o descarte de material pode ser feito nos vários Ecopontos espalhados por São Luís. Ela deixou o contato da Cooresoma para os interessados em conhecer melhor e iniciar o trabalho de catadores e catadoras: (98) 98971-5675.  Na capital, através do telefone 0800 098 1636, pode-se acessar a Central de Limpeza da Prefeitura de São Luís e obter informações sobre a coleta seletiva de resíduos sólidos.

‘Sustentabilidade na Prática’ destaca a Casa do Papai, de apoio a ex-moradores de rua

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

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Em entrevista ao programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), nesta segunda feira (6), o idealizador do projeto Casa do Papai, pastor Marco Aurélio, e o coordenador da segunda unidade da instituição, Adriano Lopes, ex-morador de rua e ex-usuário de drogas, destacaram a importância da iniciativa.

Na conversa com a radialista e apresentadora do programa Maria Regina Telles, o criador do projeto contou o motivo que o levou a criar a Casa, no Centro Histórico.

”Um dia, um amigo me levou para conhecer o outro lado do Reviver, as vielas com usuários de drogas e pessoas em situação de rua. Pude observar o desprezo àqueles homens e mulheres, como eram tratados. Assim, comecei com um grupo de voluntários e uma equipe gigante trabalhando em prol da assistência social. Nossa mão amiga para ajudar a quem está temporariamente nessa situação. É uma história de amor e conta com muita ajuda”, disse.

No final do programa, houve a entrevista com Adriano Lopes, ex-morador de rua e hoje coordenador da Casa do Papai 2, localizada no Olho da Água, que também fez um depoimento emocionante como ex-dependente químico.

“A gente, quando se torna dependente químico, se afasta da nossa família, até para não magoar e não dar prejuízo. Você é dominado pela droga, não tem controle. Foi um período triste que fiquei na rua no Centro Histórico e apanhei essa chance de deixar o mundo das drogas de lado, não foi fácil e, agora, estou ajudando a outros que queiram deixar”, assegurou.

‘Sustentabilidade na Prática’ fala sobre relevância da descarbonização para empresas

Agência Assembleia

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O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,7 FM), conversou, nesta segunda-feira (16), com a professora do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), mestre e bióloga Vilena Silva. Na conversa com o apresentador e radialista Henrique Pereira, ela discorreu sobre a importância da descarbonização para empresas e cadeia de fornecedores.

Inicialmente, Vilena Silva falou de sua trajetória profissional. “Iniciei minha carreira profissional na empresa Eletronorte onde, durante sete anos, atuei na área de sustentabilidade e gestão ambiental corporativa. Participei também da implantação da usina termoelétrica de São Luís. Hoje, coordeno uma startup chamada Compensei, genuinamente maranhense, com atuação em todo o Brasil em defesa da sustentabilidade ambiental”, assinalou.

Descarbonização

Vilena Silva explicou que descarbonização é um conceito para que todos nós possamos reduzir as emissões de gases de efeito estufa, dos quais o gás carbônico é o principal, para a atmosfera ou práticas que possam sequestrar esses gases com o objetivo maior de combater as mudanças climáticas.

“Estamos vivendo um momento que, em qualquer lugar do mundo, as pessoas estão sendo afetadas pelas mudanças climáticas. Em alguns lugares temos chuvas torrenciais, enchentes, deslizamentos e secas prolongadas. Tudo isso são efeitos das mudanças climáticas. Por isso, que é importante descarbonizar, porque é uma forma de se enfrentar o fenômeno das mudanças climáticas”, complementou.

Ela reforçou que as ações humanas resultam em liberação de gases para a atmosfera, desde o combustível que é utilizado nos veículos como em ônibus do sistema de transporte público.

“No caso de veículos, só a gente mudar do uso de um combustível fóssil, como é o caso da gasolina e do diesel, para o etanol, já estamos contribuindo com essa emissão de gases. O etanol, praticamente, não emite gases de efeito estufa para a atmosfera. Ou desligar as luzes quando não se precisa ou desligar os aparelhos de ar-condicionado.

Maranhão

Milena destacou que o Estado do Maranhão vem dando passos importante para a descarbonização como, por exemplo, a política pública de descarbonização da economia.

“Estamos num estágio ainda muito incipiente. Mas, já temos muitas empresas e indústrias trabalhando com as ações de descarbonização, no Estado do Maranhão, inclusive a Compensei, que eu coordeno aqui no Maranhão, com ações muito mais fora do que aqui dentro. A Compensei atende a demandas regulatórias e de mercado por responsabilidade ambiental. Mas, precisamos avançar muito mais”, enfatizou.

Conservação

Vilena Dutra alertou que todo ecossistema precisa, primeiramente, ser conservado e, num segundo momento, regenerado.

“Portanto, a gente precisa primeiro conservar, ou seja, parar de desmatar. E depois a gente precisa regenerar, o que é feito de forma individual, em cada área. Temos muitos projetos, em nível de Brasil, desenvolvidos por várias instituições com o objetivo de preservação de florestas. Estamos avançando no caminho da sustentabilidade ambiental”, finalizou.

‘Mulheres Mãos de Fibra e a Farinha de Babaçu’ é tema do ‘Sustentabilidade na Prática’

Agência Assembleia

‘Mulheres Mãos de Fibra e a Farinha de Babaçu‘ foi o tema da entrevista com Joceline Conrado, líder de projetos da Mandu no Maranhão, durante o programa ‘Sustentabilidade na Prática’ desta segunda-feira (9), transmitido pela Radio Assembleia (96,9 FM).

O projeto faz parte da Rede Mulheres Maranhão, uma cooperativa de 16 negócios sociais, sendo em sua maioria na cadeia babaçu, incluindo quatro fábricas de óleo na região de Vitória do Mearim. Ao todo, 144 pessoas são beneficiadas pelo projeto. 

“Os negócios fortalecem as comunidades, levam geração de renda e preservam os babaçuais. Trabalhamos com as quebradeiras de coco e com os comerciantes locais, que produzem mesocarpo, azeite, óleo, biscoito, entre outras coisas”, explicou Joceline.

A rede surgiu após a climatização do trem da Vale, que cessou a venda dos produtos das quebradeiras de coco aos passageiros por onde o trem passava. Para suprir esse impacto econômico nas comunidades, o projeto presta assessoria às pessoas que trabalham com o coco babaçu, desde a produção de produtos até a comercialização. 

“O programa é financiado pela Fundação Vale e implementado pela Mandu com uma equipe que presta toda assistência às comunidades, acompanhando os empreendimentos, o giro produtivo, para que eles consigam um processo de sustentabilidade. Nossa ideia é que eles consigam tocar seus negócios de forma autônoma, sem necessidade de nossa consultoria”, disse Joceline Conrado.

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‘Sustentabilidade na Prática’ aborda projeto de hortas pedagógicas na rede estadual de ensino

Agência Assembleia/ Foto: Kristiano Simas

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O projeto de hortas pedagógicas em implantação na rede de ensino do Maranhão foi o tema abordado, na manhã desta segunda-feira (11), no programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM). O coordenador do Eixo Educação Ambiental Formal do Fórum Estadual de Educação, Luís José Câmara Pedrosa, fez uma explanação sobre o processo.

A iniciativa, segundo o gestor, já está funcionando em 15 escolas da rede estadual, sendo 13 na Grande Ilha e duas no interior do estado, nas cidades de Pinheiro e Bacabal.

Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, Luís José Pedrosa disse que este projeto de horta na escola é excepcionalmente inovador, pois não se limita apenas a uma horta tradicional, mas também inclui a integração de plantas medicinais, um viveiro de mudas nativas e frutíferas, e um meliponário, destinado à criação de abelhas sem ferrão.

“A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está comprometida em fomentar este projeto integrado de horta na escola, enquanto outros órgãos nos fornecem suporte técnico e capacitação para professores, alunos e a comunidade em geral nas três áreas de atuação: horta, meliponário e viveiro”, explicou.

Na condição de integrante da Assessoria Especial de Educação da Seduc, Luís Pedrosa informou que o projeto das hortas pedagógicas foi concebido pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Maranhão (Caisan-MA).

“Essa iniciativa é da maior importância porque busca não apenas enriquecer o ambiente escolar com atividades práticas e educativas, mas também contribuir para a conscientização ambiental, a promoção da agricultura sustentável e o fortalecimento dos laços entre a comunidade escolar e o meio ambiente”, frisou Pedrosa.

Ele assinalou que está muito entusiasmado em poder contribuir para a implementação do projeto no âmbito da Secretaria de Estado da Educação. “Esta iniciativa vai além de uma simples horta, abraçando a integração de plantas medicinais, um viveiro de mudas e um meliponário. É um passo significativo para a educação ambiental e a sustentabilidade”, afirmou Luís Pedrosa. Ele observou, ainda, que as hortas pedagógicas contribuem também para atenuar o impacto das mudanças climáticas, que hoje estão afetando países do mundo inteiro. 

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda pesquisas sobre saneamento e recursos hídricos

Agência Assembleia/ Foto: Biaman Prado

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O vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), professor Leonardo Silva Soares, foi o entrevistado do programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), na manhã desta segunda-feira (14).

Ele tratou sobre estudos e pesquisas realizados pela comunidade acadêmica, discutindo temas-chave relacionados ao saneamento básico e aos recursos hídricos do Maranhão, identificando oportunidades de parcerias interdisciplinares, com o propósito de desenvolver políticas e ações para melhorar a gestão da água no Estado.

Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, Leonardo Soares, que é professor do Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFMA, informou ser necessário que os governos estadual e federal avancem nas estratégias de gestão dos recursos hídricos no Maranhão.

“Refiro-me à responsabilidade que o governo federal tem com as bacias federais que margeiam o Maranhão, pois elas são administradas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Já o Governo do Maranhão é responsável pelas bacias que estão em todo território do estado, como a Bacia do Rio Itapecuru”, assinalou.

Ele também disse que ocorreu um retrocesso na área da gestão dos recursos hídricos no país nos últimos anos, por causa de uma conjuntura governamental federal que não apoiava a governança comunitária, mas, com a mudança de governo, tentarão “restabelecer as forças”, em suas palavras.

Desenvolvimento sustentável

Leonardo Soares reforçou a importância da UFMA como um ator estratégico para o desenvolvimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida da população maranhense.

“A Universidade tem vários eixos de atuação dentro da política ambiental, como a formação de recursos humanos capacitados para serem absorvidos pelo Estado ou pelas empresas privadas, e a UFMA também gera pesquisas de qualidade que devem ser incorporadas nas políticas públicas”, explicou. 

Na entrevista, Leonardo Soares disse, ainda, que o saneamento básico está imediatamente relacionado à saúde. Além de prevenir doenças de veiculação hídrica, como infecções gastrointestinais, amebíase, hepatite, entre outras, também evita a proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti, transmissor da febre amarela, dengue e zika.

“A utilização de água potável, por exemplo, é vista como o fornecimento de alimento seguro à população. O sistema de esgoto promove a interrupção da cadeia de contaminação humana. Já a melhoria da gestão dos resíduos sólidos (lixo), reduz o impacto ambiental e elimina ou dificulta a proliferação de vetores de doenças”, frisou o professor.

Ele acrescentou que o saneamento básico tem total relação com o quadro de saúde da sociedade. Isso porque é por meio dessa infraestrutura que a água de qualidade chega até as casas e possibilita que as pessoas a consumam de maneira limpa. “A água é essencial para o bom funcionamento do organismo humano”, ressaltou o professor.

‘Sustentabilidade na Prática’ fala sobre projetos sociais da ONG Arte Mojó

Agência Assembleia/ Foto: Wesley Ramos 

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A fundadora e presidente da ONG Arte Mojó, professora Graça Maria Oliveira Soares, foi entrevistada nesta segunda-feira (2), no programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM). Na conversa com a radialista Maria Regina Telles, a gestora fez uma explanação sobre os projetos sociais desenvolvidos pela entidade, fundada no ano de 2004, na comunidade Mojó, município de Paço do Lumiar.

Graduada em Educação Artística pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Graça Soares informou que a ONG, com uma equipe de voluntários, desenvolve projetos na área da educação ambiental, entre eles o ‘Movimento Aberto Mangue Sem Lixo’ que, segundo ela, já retirou cerca de quatro toneladas de lixo do leito do Rio Mojó. 

Outro projeto é o ‘Móveis da Maré’, que funciona como uma oficina para estudantes na fabricação de pequenos móveis oriundos de materiais recolhidos do lixo. “Todo último domingo de cada mês, nós fazemos catação de lixo no mangue do Rio Santo Antônio, popularmente conhecido como Rio do Mojó”, afirmou Graça Soares. 

Ela acrescentou que um outro projeto importante da ONG é o ‘Cine Mangue’, que produz pequenos vídeos sobre catação de lixo e temas relacionados à educação ambiental. A ação ganhou um prêmio no festival Cine Carimã, promovido pela Casa d’Arte, coordenada pela ambientalista Luzenice Macedo.

“A nossa ação mais recente é o projeto ‘Rios em Agonia’, que iniciamos há apenas três meses, em parceria com professores da Pro-Reitoria de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Maranhão. Com este projeto, nós estamos aferindo a qualidade da água, a partir de esgotos lançados por prédios construídos no entorno de comunidades, como Iguaíba e Maracajá”, declarou.

Origem

Ambientalista, que também gosta de trabalhar com teatro em comunidades, e como artista plástica tátil, que produz pinturas para cegos, Graça Soares assinalou que a ONG Arte Mojó nasceu originária de sua monografia de conclusão de curso, defendida na UFMA no ano de 1996.

“Eu defendi na minha monografia o tema ‘Fibras naturais no processo criativo da arte-educação’, depois de uma pesquisa de campo, realizada na comunidade do Mojó, e daí resultou, no ano de 2004, a criação desta nossa ONG”, frisou Graça Soares.

Ela declarou que, além das equipes de voluntários, a ONG conta também com parcerias de diversos órgãos e entidades, entre os quais a Vara de Interesses Difusos e Coletivos, na pessoa do juiz de Direito Douglas Martins; a Associação de Mulheres Artesãs de Mojó, a Orla Viva, o Tambor Brinquedo de Mojó, a Associação de Trabalhadores Rurais de Mojó e a Quinta do Azulejador, do artista Paulo César de Carvalho. 

“Agora, estamos alinhavando uma parceria com o Ibama, para fortalecer estes nossos projetos de educação ambiental em toda a área do Mojó”, ressaltou Graça Soares.