O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu na manhã desta segunda-feira (15) a professora, arquiteta e urbanista Bárbara Irene Wasinski Prado, chefe do Laboratório da Paisagem e do Ambiente Construído (Lapa), órgão vinculado à Universidade Estadual do Maranhão (Uema).
Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, a professora fez uma explanação sobre pesquisas da Uema nas áreas da arquitetura, paisagismo e da recuperação ambiental.
Ela explicou que o Laboratório da Paisagem e Ambiente Construído foi criado para realizar estudos e experimentos paisagísticos e ambientais para pesquisas de graduação, pós-graduação e extensão.
“Este nosso Laboratório avança, cada vez mais, no estudo da história, da arquitetura e do paisagismo do Maranhão e busca também, cada vez mais, alternativas de recuperação ambiental em nosso estado”, declarou a professora.
Requalificação Segundo ela, o Laboratório da Paisagem e do Ambiente Construído, que funciona no Curso de Arquitetura (Rua da Estrela, 472, no Centro Histórico de São Luís) surgiu de uma proposta apresentada em 1998, durante o Encontro Espaços Livres do Recife e por incentivo do Laboratório da Paisagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
“Atualmente, o nosso Laboratório desenvolve duas linhas de pesquisa: uma na área da requalificação da paisagem e dos espaços livres: teoria, crítica e projeto; e outra linha importante é teoria, história e projeto em arquitetura paisagística e jardins históricos”, informou a professora.
Ela acrescentou que a implantação do Laboratório aconteceu em 2002, após a conclusão das pesquisas e da dissertação apresentadas ao programa de Mestrado em Desenvolvimento Urbano da UFPE pela professora Barbara Irene Wasinski Prado.
Oficialmente, o Lapa foi reconhecido pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo em 2013 e, em 2014, a pesquisa “Plano da Paisagem Insular da Região Norte da Ilha de São Luís” recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).
O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu na manhã desta segunda-feira (1º) a juíza Teresa Cristina Mendes, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de São Luís e juíza auxiliar da Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, a juíza Teresa Cristina Mendes fez uma explanação sobre Gestão Verde e Justiça Social e detalhou os trabalhos realizados pela Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social. A magistrada informou que o Tribunal de Justiça do Estado criou o Núcleo de Gestão Socioambiental em setembro de 2016, em atendimento a Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Posteriormente o nome da unidade foi modificado para Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social.
A juíza Teresa Cristina Mendes destacou que, como uma forma de reduzir o consumo de plásticos, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) foi o primeiro tribunal do país a eliminar, em 2017, a compra de copos descartáveis com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“É importante ressaltar que o Poder Judiciário maranhense realiza campanha permanente que visa conscientizar magistrados, magistradas, servidores e servidoras em relação à mudança de comportamento quanto a ressignificar a produção e o uso de materiais plásticos, e tem como base a Agenda 2030 que traz dentre as metas, reduzir, até 2030, substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso”, declarou a magistrada.
A juíza explicou que a Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social é vinculada à presidência do TJMA e possui caráter permanente para assessorar o planejamento, a implementação, o monitoramento de metas anuais e a avaliação de indicadores de desempenho.
Parcerias
Atualmente sob a presidência do desembargador Ricardo Duailibe, a Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social implementa parcerias com outras instituições e iniciativas como a ECOLIGA, rede interinstitucional criada em 2016 para aprimorar a gestão socioambiental e o desenvolvimento sustentável, mediante assinatura de protocolo de cooperação técnica por órgãos públicos maranhenses com objetivo de conjugar esforços visando a implementação de programas e ações interinstitucionais de responsabilidade ambiental.
Além da destinação correta de materiais plásticos, o TJMA também se preocupa com a diminuição do consumo de plástico durante a rotina diária. A magistrada informou que, desde 2017, tem havido a substituição dos copos descartáveis por e-copos biodegradáveis e canecas de fibra de coco, distribuídos para todos os servidores, servidoras, magistrados, magistradas e público externo, o que fez com que o Poder Judiciário deixasse de consumir mais de 20 milhões de copos descartáveis no meio ambiente.
“Medidas como esta geram a redução do impacto negativo das atividades do órgão no meio ambiente com a adequada gestão dos resíduos gerados e o aperfeiçoamento contínuo da qualidade do gasto público”, afirmou a juíza auxiliar da Coordenadoria de Sustentabilidade.
A juíza Teresa Cristina Mendes, que é magistrada desde 1998, e que já trabalhou nas comarcas de Anajatuba, Vitória do Mearim e Viana, por último, atuava na 1ª Vara Criminal de São José de Ribamar, agora atua como juíza auxiliar da Coordenadoria de Sustentabilidade e Responsabilidade Social do Tribunal de Justiça do Maranhão.
Durante a entrevista, a magistrada também discorreu sobre o Plano de Descarbonização do TJMA, que estabelece a obrigatoriedade de todos os órgãos judiciais elaborarem um plano para alcançar a neutralidade de carbono até 2030. Este Plano faz parte do Programa Justiça Carbono Zero, que visa a implementação de medidas para medir, reduzir e compensar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) resultantes das atividades judiciais.
O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu na manhã desta segunda-feira (25), a ambientalista Maria de Lourdes Nery Mendonça de Sousa, fundadora e diretora-geral do Ecomuseu Sítio do Físico. Ela fez uma explanação sobre o andamento dos projetos socioambientais realizados pelo Ecomuseu na área do Parque Estadual do Bacanga.
Durante o programa, apresentado pela radialista Maria Regina Telles, a ambientalista informou que o Ecomuseu Sítio do Físico desenvolve projetos nos quais pessoas da comunidade e, principalmente, estudantes e professores podem participar de atividades de educação ambiental.
“Esse nosso espaço tem sido um território privilegiado e propício para a troca de ideias e debates sobre a ancestralidade, a natureza e a sustentabilidade em nosso estado”, assinalou Nery Mendonça.
Ela explicou que o Sítio do Físico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Estado do Maranhão devido ao interesse histórico de ser o primeiro Complexo Industrial do País, onde funcionavam oito indústrias.
Floresta amazônica
Nery Mendonça de Sousa acrescentou que o Sítio do Físico situa-se no Parque Estadual do Bacanga, onde estão as últimas espécies de árvores remanescentes da floresta amazônica na Ilha de São Luís, estando à margem direita do rio Bacanga. No ano de 2006, os proprietários do sítio o transformaram no primeiro Ecomuseu do Estado do Maranhão, também chamado de museu de território ou museu comunitário.
Ao discorrer sobre os projetos socioambientais do Ecomuseu, Nery Mendonça destacou a parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) que, por meio dos programas de pós-graduação em Cultura e Sociedade, Desenvolvimento e Meio Ambiente, Ciências da Informação e Artes Cênicas, realiza uma série de ações relacionadas à preservação dos patrimônios cultural e ambiental na região do Polo Coroadinho.
A iniciativa faz parte do Projeto Una-se, que integra o Programa de Extensão na Pós-Graduação (PROEXT-PG), da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (AGEUFMA) em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC).
Oficinas
Desde o início de 2024, o Una-se realiza oficinas, escutas comunitárias, trilhas educativas, feiras culturais e o Seminário Una-se 2025, com o tema ‘Os impactos das mudanças climáticas nos patrimônios histórico e cultural do Parque Estadual do Bacanga’, em São Luís, alinhado com a COP 30.
O projeto também produziu importantes materiais, como o Inventário Colaborativo do Sítio do Físico, Museu das Trilhas Turísticas do Sítio do Físico, Cartilha Educativa, documentário sobre as potencialidades museológicas do território e o Selo Territorial da produção artesanal do Polo Coroadinho.
“É importante informar que há, também, no Ecomuseu, visitas agendadas, que chamamos de visitas dialogadas, pois foram concebidas como parte de um processo educativo para divulgar o acervo histórico, arqueológico e natural do Sítio do Físico, que preservamos ao longo dos últimos 20 anos”, frisou Nery Mendonça.
A entrevista na íntegra pode ser acompanhada por meio do link:
O programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu, na manhã desta segunda-feira (11), o tenente Daniel Holanda dos Santos, integrante do Núcleo de Educação Ambiental do Batalhão de Polícia Ambiental do Maranhão.
Em conversa com a apresentadora e jornalista Maria Regina Telles, o tenente da Polícia Militar do Maranhão fez uma explanação acerca das ações de fiscalização e operacionais de preservação de várias Áreas de Proteção Ambiental, que são de responsabilidade do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).
Durante a entrevista, o tenente Daniel Holanda também discorreu sobre missões conjuntas nas quais o BPA atua em parceria com outros órgãos de proteção do meio ambiente, como Ibama, ICMBio, Funai, Ministério Público, Ministério do Trabalho e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
“Buscamos sempre um trabalho conjunto e integrado com órgãos e instituições que trabalham para a preservação de biomas, áreas de preservação em terras indígenas, fiscalização e prevenção de crimes ambientais e erradicação do trabalho escravo dentro do estado do Maranhão”, declarou o tenente Holanda.
Ele explicou que o BPA, criado no ano de 1991, possui três pontos de policiamento fixo em São Luís: Parque Estadual do Bacanga, Parque Rangedor e APA do Itapiracó.
Fiscalização
“É importante dizer que nós somos o braço verde da Polícia Militar do nosso Estado”, afirmou o tenente Holanda, salientando a importância do trabalho executado pelos policiais do Batalhão de Polícia Ambiental, em face do conhecimento técnico e ambiental demonstrado na execução da fiscalização, além da lavratura dos autos de infração, termos de embargo e de apreensões elaborados pelas unidades do Batalhão de Polícia Ambiental.
Para o tenente Holanda, a parceria entre o Batalhão Ambiental e o Ministério Público é importante para o desenvolvimento das ações em defesa do meio ambiente. “É um trabalho importante, que deve ser apoiado e fortalecido. O BPA sempre está disposto a dar todo o apoio que for necessário. E temos buscado parcerias exatamente para poder atuar a contento em todos os 217 municípios do Maranhão”, salientou.
A entrevista na íntegra pode ser acompanhada pelo link:
O programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu, na manhã desta segunda-feira (4), o engenheiro agrônomo José Mário Ferro Frazão, que integra a equipe de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em conversa com a apresentadora e jornalista Maria Regina Telles, José Mário Frazão fez uma explanação acerca da pesquisa sobre o potencial da juçara na Amazônia Maranhense.
Segundo o pesquisador José Mário Frazão, da Embrapa Maranhão, com o passar do tempo, os juçarais vão definhando e, por consequência, vão perdendo a capacidade de produção.
“O manejo sustentável da juçara consolida-se cada vez mais como alternativa viável para recuperar a capacidade produtiva, preservando a biodiversidade da Amazônia maranhense e a renda dos produtores que trabalham com palmeiras nativas”, declarou Frazão.
Soluções tecnológicas
Durante a entrevista, ele avaliou a aplicação das soluções tecnológicas da Embrapa, incluindo os aplicativos digitais desenvolvidos pela empresa.
“Muito gratificante perceber que o aplicativo Manejatech-açaí atende às necessidades de manejo de juçarais. Ademais, é muito bom perceber que a adoção de tecnologia de manejo de mínimo impacto de juçarais nativos pode proporcionar a recuperação das áreas degradadas e apoiar manutenção de frutos para as comunidades tradicionais. Assim, as tecnologias da Embrapa cumprem sua missão de recuperar áreas produtivas, que alimentam, geram renda e servem também para preservar as culturas locais”, frisou o pesquisador.
“Há 41 anos na Embrapa, sempre trabalhei com transferência de tecnologia e pesquisas com babaçu e palmeiras nativas, entre elas a juçara”, afirmou José Mário Frazão. Ele acrescentou que a pesquisa sobre espécies nativas concentra-se no extremo norte do Maranhão, abrangendo cidades como Godofredo Viana, Carutapera, Luís Domingues e Amapá do Maranhão.
Nova denominação
José Mário Frazão explicou, também, que a Embrapa Cocais mudou de denominação, e passou a se chamar Embrapa Maranhão.
“Somos uma das mais novas Unidades Descentralizadas. A antiga Embrapa Cocais obteve aprovação da Diretoria Executiva para mudança de seu nome-síntese para Embrapa Maranhão, denominação validada após amplo processo de discussão com a participação do público interno e externo. É importante observar que esta alteração não é apenas uma troca de nome. É o marco do início de um novo ciclo, que inclui novas estratégias e áreas de atuação, além da construção de nova infraestrutura física e de pessoal”, salientou Frazão.
Os arquitetos Wellynson Nascimento e Carla Vera falaram sobre a atuação do Instituto da Casa Maranhense e do papel da habitação como práticas socioambientais replicáveis, em entrevista a apresentadora Maria Regina Telles, no programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia da Rádio Assembleia (96,9 FM), desta segunda-feira (21).
De acordo com a arquiteta Carla Vera, existe uma lei federal de 2008 na área de habitação, criada por pressão de arquitetos, que diz que todas as pessoas precisam ter um lugar gratuito para receber assistência técnica para habitação de assistência social, mas menos de 30 cidades do Brasil trabalham com esse serviço que precisa ser ampliado para os cerca de 5.500 municípios do país.
Ela disse também que começou a trabalhar em parceria com a comunidade do bairro do Coroadinho, em São Luís, onde fica a sede do Instituto, e é uma parceria em regime de mutirão, pois começaram a observar que em obras sobra muito material. Segundo a especialista, a construção civil é o maior gerador de resíduos sólidos.
“Começamos a realizar esse projeto, pois trabalhamos com reformas, portanto, ele nasceu da paixão de trabalhar com habitação e ver que nossa profissão tem um perfil social. A gente recebe doações como pias usadas, bancadas, janelas, portas e até o que sobrou de tijolos, telhas, madeira, tomadas e fios elétricos, luminárias, entre outros itens”, disse.
O arquiteto e urbanista do Instituto da Casa Maranhense, Wellynson Nascimento, reforçou o papel da habitação como práticas socioambientais replicáveis e como a atuação no Coroadinho, conjuntamente com a comunidade, fez uma área de convivência perto do órgão, além de uma escadaria, tudo em regime de mutirão.
O Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) está fazendo o seu dever de casa na própria escola tendo os alunos como agentes e multiplicadores das ações de preservação ambiental. Para isso, instituiu a educação ambiental como parte fundamental da grade de conteúdo escolar. Os detalhes desse importante trabalho, objetivos já alcançados e planos foram destaque nesta segunda-feira (14), no programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia.
A radialista Marina Sousa recebeu Aurea Sousa, engenheira agrônoma e coordenadora de Educação Ambiental da rede IEMA, que detalhou como a educação ambiental está inserida no dia a dia da rede IEMA.
A coordenadora frisou que o IEMA tem estado na vanguarda da educação ambiental na rede estadual. “Assim que tomou posse, em 2023, a diretora-geral do IEMA, Criscielle Muniz, sentiu a necessidade de se trabalhar o tema da educação ambiental nas escolas, então, instituiu a Coordenação de Educação Ambiental da rede IEMA, que tem o desafio de implementar a política de educação ambiental na rede, que conta com 55 unidades escolares em todo o estado”, contou ela.
“Eu assumi a coordenação em fevereiro de 2024 e instituímos o tema nas escolas. É um desafio grande, mas já temos atividades em curso e caminhando em direção ao objetivo, que é nobre e necessário diante da crise ambiental que temos enfrentado”, complementou Aurea Sousa.
Núcleos de Educação Ambiental
A coordenadora informou, ainda, que as escolas já vêm desenvolvendo trabalhos a partir de diversas estratégias. “Primeiro, fizemos o planejamento interno e construímos metas e objetivos alcançáveis em curto médio e longo prazo. E, para tornar o tema ainda mais próximo das escolas, instituímos os Núcleos de Educação Ambiental em todas as escolas da rede. São espaços onde a educação ambiental pode ser discutida, implementada e trabalhada pela gestão, professores e alunos”, explicou Aurea Sousa.
Ela explicou que a coordenação geral orienta os gestores dos Núcleos de Educação Ambiental a construírem seus planejamentos baseados no potencial de cada unidade. “Cada escola tem sua particularidade, seu potencial, seu contexto diferenciado, então, orientamos que esses núcleos, tomando como base a estratégica pedagógica da rede, façam seus planos com base nas características da escola, de onde ela se situa”, completou.
Outra estratégia utilizada, em alinhamento com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), é a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-Vida), ação estruturante do Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, que visa promover a educação ambiental e a qualidade de vida nas escolas.
“Implantamos a Com-Vidas também em nossas escolas da rede IEMA. Essas comissões são formadas e protagonizadas por estudantes e coordenadas pelos Núcleos de Educação e têm o objetivo de transversalizar a educação ambiental, trazendo essa responsabilidade para os estudantes”, informou Aurea Sousa.
A entrevista na íntegra pode ser conferida pelo link
Nesta segunda-feira (16), o programa “Sustentabilidade na Prática”, da Rádio Assembleia (96.9 FM), em conexão com a Rádio Senado, conversou com a historiadora, assistente social e membro do Fórum de Defesa da Área de Preservação Permanente (APA) do Itapiracó, Dorian Azevedo; e com o pedagogo e membro do Fórum da Apa Itapiracó (FAI) e coordenador do Comitê Praça das Árvores do Cohatrac IV, Camilo Rocha Filho.
Na entrevista feita pela apresentadora e radialista Maria Regina Telles, eles falaram sobre os 28 anos da Área de Proteção Ambiental do Itapiracó e os desafios na preservação do meio ambiente.
Inicialmente, Dorian Azevedo parabenizou a Assembleia legislativa por proporcionar esse espaço de debate sobre o desenvolvimento sustentável, que é um tema essencial para a existência humana. “Precisamos ter programas como este, sempre, em nossas emissoras. Fico muito feliz em participar desse espaço democrático de debate e parabenizo a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão por esse espaço, que é muito importante para a nossa existência humana”, frisou.
Por sua vez, Camilo Rocha esclareceu que uma Área de Proteção Ambiental (APA) está dentro do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), criado pela Lei nº 9.985/2000, que estabelece as regras e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação no Brasil.
“Em uma unidade de conservação se busca proteger a diversidade biológica e regular a ocupação humana, visando o uso sustentável dos recursos naturais. Permite uma participação efetiva da comunidade no processo de implantação e gestão do ecossistema”, acrescentou Camilo Rocha.
Ele explicou que a APA do Itapiracó, criada por Decreto em 1997, é administrada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) e, por último, a partir de 2019, pela Secretaria de Governo (Segov).
“A Área de Proteção Ambiental (APA) do Itapiracó está situada na área Cohab/Cohtrac. É uma área de conservação com 322 hectares, que abriga remanescentes da floresta amazônica e nascentes de rios. Ela desempenha um papel importante na proteção da biodiversidade local, incluindo 174 espécies de animais e 33 tipos de plantas. Além de sua função ecológica, a APA é um importante espaço de lazer e contato com a natureza para a população, com áreas para caminhada, eventos e atividades recreativas”, afirmou Camilo Rocha.
Regulação
Dorian Azevedo disse que a AP do Itapiracó é um dos últimos redutos ambientais do perímetro urbano de São Luís e desempenha importante papel na regulação do microclima e fortalece a umidade dos solos da ilha.
“Vivemos a era geológica chamada antropoceno, na qual as ações do homem [antrópicas] estão modificando intensamente o clima. Nesse contexto, a APA é uma área de resistência ecológica. A APA do Itapiracó é um bioma de transição amazônico, com influência dos biomas Cerrado e Mata dos Cocais, e conta com recursos hídricos como o riacho Itapiracó, afluente da Bacia do Paciência, e vários olho d’água”, ressaltou.
Desafios
Camilo Rocha destacou as ações do Conselho Consultivo da APA do Itapiracó (CONAPE) como, por exemplo, a criação do Fórum da APA Itapiracó (FAI), que, por sua vez, deliberou a criação do CONAPE, em 2019, e os desafios da gestão.
“O CONAPE é constituído por representantes da sociedade civil e do governo e tem caráter consultivo e propositivo. Tem uma pauta focada em recuperar o tempo perdido. Temos que buscar cumprir o Plano de Manejo da APA Itapiracó. Temos sempre presentes as pautas que garantem a sustentabilidade de nossa APA. Fizemos uma revisão do nosso regimento. A cada dois meses, fazemos reunião de avaliação e de planejamento de nossas ações. Já fizemos muito, mas sabemos que ainda falta muito a fazer”, afirmou.
Programação
Camilo Rocha e Dorian Azevedo detalharam a programação de comemoração da resistência dos 28 anos da APA do Itapiracó, que contará com três grandes momentos.
“No sábado [21], vamos fazer um mutirão de limpeza da APA. Vamos oferecer uma galinha caipira e fazer o uso sustentável do espaço. Segunda-feira [23], a partir das 17h, no Setor Sul, na entrada principal da APA, vamos ter uma tribuna livre com falas de incentivo e de parabenização pelos 28 anos de resiliência da APA. E no sábado [28], vamos ter o passarinhando, com a professora Mónica Sousa”, destacou.
O programa Sustentabilidade na Prática vai ao ar todas às segundas-feiras, sempre às 10h, pela Rádio Assembleia (96,9 FM). O programa também está disponível no Youtube e pode ser acompanhado por meio do link: