‘Toda Mulher’ destaca trajetória premiada do grupo maranhense Xama Teatro

Agência Assembleia/ Foto: Biaman Prado

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O programa ‘Toda Mulher’ desta quarta-feira (8) destacou a trajetória premiada do grupo maranhense Xama Teatro. A apresentadora e jornalista Márcia Carvalho conversou com a atriz, gestora cultural e pesquisadora Gisele Vasconcelos sobre a programação especial de celebração aos 15 anos da companhia teatral.

O Xama Teatro é coordenado por atrizes maranhenses e promove espetáculos autorais em que, geralmente, a mulher é protagonista. “O grupo Xama Teatro já circulou por todos os estados brasileiros, foi premiado nos principais editais culturais do país e, além disso, é conhecido e respeitado pela arte de narrar histórias a partir da construção conjunta de texto e cena”, afirmou a atriz.

Durante a conversa, a gestora cultura falou sobre a força do protagonismo da mulher na arte e os desafios de ser artista no Maranhão e no mundo.

“Historicamente, as mulheres sempre tiveram um papel central na arte, mas foram invisibilizadas por um mundo dominado por homens. Agora, com mais autonomia e liberdade, elas têm ocupado cada vez mais espaço no teatro, circo, cinema, na música, literatura ou dança, mostrando todas as suas múltiplas potencialidades”, disse.

Gisele Vasconcelos, que também é professora universitária, destacou o espetáculo “A vagabunda”, que ela estrelou em 2021 na companhia.

“Nessa peça, eu interpretei uma vedete que se tornou espelho da resistência feminina diante dos desafios. O espetáculo buscou trazer reflexões sobre o direito de ser um artista. Essa peça coleciona premiações, como o Prêmio Mulheres de Atitude, promovido pela Secretaria de Estado da Mulher, e o Prêmio de Melhor Atriz, promovido pelo Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Maranhão (Sated-MA)”, lembrou a atriz.

Por fim, ela falou sobre o projeto ‘O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias’, no qual a companhia promove atividades formativas, espetáculos e narração de histórias, e que inclui apresentações em outros estados.

“Esse projeto visa notabilizar a cultura Norte-Nordeste do país. Além de Belém, a nossa programação passou por São Luís no mês de março e segue, ainda, para Fortaleza, no Ceará, no mês de maio”, detalhou.

O programa ‘Toda Mulher’ é apresentado pela jornalista Márcia Carvalho e exibido às quartas-feiras, sempre às 15h, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).

Diretor e ator destacam encenação da peça “3 Maneiras de Tocar no Assunto” em São Luís

Agência Assembleia

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O diretor Fabiano Dadado de Freitas e o ator Leonardo Netto falaram da apresentação da peça “3 Maneiras de Tocar no Assunto”, em São Luís, durante entrevista ao programa ‘Diário da Manhã’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), desta terça-feira (23).

De acordo com a dupla, a turnê no Nordeste começou por Recife e terá apresentações na capital maranhense, nos dias 24 de abril (quarta-feira) e 25 (quinta-feira), no Teatro João do Vale, no Centro Histórico. A apresentação tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização da Fulminante Produções e do Ministério da Cultura.

No bate-papo com o apresentador e radialista Henrique Pereira, a dupla disse também que a peça é um manifesto contra a homofobia.

“É uma obra já considerada um manifesto artístico contra a homofobia na sociedade moderna, que discute diversas questões relacionadas à homossexualidade, ao preconceito contra o homossexual e a comunidade LGBTQIA+ em geral”, afirmou Leonardo Netto, autor da obra.

Sucesso de público

A montagem estreou nos palcos do Rio de Janeiro em 2019 e, desde então, já foi vista por mais de 15 mil espectadores. “No palco, Leonardo Netto traz três solos que abordam temas relacionados à homossexualidade, ao preconceito contra o homossexual e à comunidade LGBTQIAPN+ em geral”, destacou, por sua vez, o diretor.

Segundo a dupla, a peça discute as questões relacionadas à homossexualidade, a partir de  três instâncias distintas: a Escola, a Lei e o Estado. O primeiro solo, batizado de “O homem de uniforme escolar”, parte de histórias reais de crianças e jovens que sofreram com o preconceito e a intolerância na escola.

O depoimento ficcional de um dos participantes da Revolta de Stonewall, ocorrida em junho de 1969, em Nova York, é o mote para a segunda parte: “O homem com a pedra na mão”. Por último, “O homem no Congresso Nacional” foi construído a partir de falas e pronunciamentos do ex-deputado federal Jean Wyllys, proferidos entre janeiro de 2011 e dezembro de 2018.