Yglésio Moyses lembra que Flávio Dino é conhecido por romper com aliados

Assecom / Dep. Yglésio Moysés

O deputado estadual Yglésio Moysés (PRTB) afirmou que o ex-governador do Maranhão e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, foi quem rompeu com aliados políticos e não cumpriu acordos.

O posicionamento do parlamentar foi uma resposta ao discurso do deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade) que, na sessão plenária desta quarta-feira (28), disse que o atual governador Carlos Brandão (PSB) tem a fama de não cumprir acordos com aliados.

Como exemplo, Yglésio lembrou que foi Flávio Dino quem rompeu com o ex-governador e ex-deputado federal José Reinaldo Tavares, durante as eleições de 2018, sendo que Tavares foi o responsável por projetar a figura de Dino no cenário político.

“Zé Reinaldo tirou Flávio Dino da magistratura e o colocou com mais de 100 mil votos em várias cidades. Depois rompeu porque não cumpriu o compromisso de fazer Zé Reinaldo senador”, disse Yglésio.

Ainda no discurso, o parlamentar citou o rompimento entre Flávio Dino com outro aliado, o então prefeito da cidade de Barreirinhas, Léo Costa, em 2016.

Presença de familiares

Yglésio também destacou que, durante a passagem de Dino pelo Palácio dos Leões, o ex-governador também mantinha parentes em cargos estratégicos do Executivo estadual e não havia questionamentos quanto a essa situação. Um exemplo citado pelo parlamentar foi em relação a Saulo Dino, irmão de Flávio Dino, que tinha um vínculo junto à Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano (Secid).

Outros aliados de Flávio Dino também colocaram parentes próximos em cargos estratégicos do governo, segundo o deputado Yglésio, a exemplo do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) que, após deixar o comando da Secid, indicou para o seu lugar a esposa, Joslene Rodrigues.

Yglésio também citou o caso do deputado federal Duarte Júnior (PSB) que, quando deixou a gestão do Procon para assumir o mandato no parlamento federal, indicou para o seu lugar a esposa, advogada Karen Barros, para comandar o órgão estadual.

O deputado Othelino Neto também indicou a esposa, Ana Paula Lobato (PDT), para ser suplente de Flávio Dino na disputa por uma das vagas no Senado Federal. Quando Dino deixou o cargo para se tornar ministro do STF, Ana Paula assumiu em definitivo a titularidade do mandato parlamentar.

“Infelizmente a estrutura do Maranhão é familiar e eu sou uma pessoa que luta contra isso. Não podemos subir à tribuna para falar do Brandão quando todo mundo, na hora que tem que resolver os seus problemas políticos, coloca a esposa. Vamos parar com essa picuinha e discutir dados sérios porque aqui, praticamente, todos têm o ‘dedo sujo’. A hipocrisia não cabe aqui nesta Casa”, disparou Yglésio.

Deputado Yglésio aponta “inimigos íntimos” no governo do estado

Assecom / Dep. Yglésio Moyses

O deputado Yglésio Moyses (PSB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, na sessão plenária desta terça-feira (2), para apontar a presença do que ele designou de “inimigos íntimos” do Executivo Estadual. Segundo o parlamentar, estes “inimigos” agem pelas sombras, de forma sorrateira, de modo a apunhalar o governador.

Para ele, existe uma relação tóxica do espólio do ex-governador Flávio Dino com o governo atual. “É uma coisa que chama atenção. Eles estarão nas grandes cidades, sempre contra o governo, os nossos inimigos íntimos e, nada pior, do que o inimigo íntimo. Então, os filhos que participaram da gestão passada e que hoje, órfãos “do supremo”, porque agora ele é comentado nas rodas de política como “o supremo”, a figura da persona virou o cargo que existe para gerar ameaça, mostrar poder, pressão, denotar, o tempo todo, constrangimento”, frisou o deputado Yglésio, referindo-se ao grupo do ex-governador Flávio Dino.

Repercutindo serviços de alguns hospitais do Maranhão, como no caso do de Balsas, Yglésio destacou, citando falas do também deputado Carlos Lula (PSB). “Quem vê o deputado Carlos Lula falando, chega a pensar que o hospital de Balsas já foi o John Hopkins Memory Hospital, no Maranhão. Em termos de resolutividade, praticidade, comodidade, acesso ao usuário, nunca foi, serviços como de hemodiálise estão em crise no Brasil inteiro. Isso significa que eu estou passando o pano para o que está acontecendo? Não! Eu quero que resolva, porque se abrir o serviço ele precisa funcionar, mas, a bem da verdade, e ligado umbilicalmente à necessidade de defende-la, nós precisamos dizer que o serviço de saúde do Maranhão nunca foi uma maravilha”, ressaltou.

Sobre o Hospital da Ilha, o parlamentar relembrou que, quando o ex-governador Flávio Dino inaugurou, “não funcionava absolutamente nada e, hoje, o Hospital da Ilha começa a receber muitos pacientes. O Macieira está entupido de gente, não tem onde colocar paciente no hospital, praticamente, mas os inimigos íntimos eles continuam aqui. Como continuam o senhor Márcio Jerry (PCdoB), na disputa aí, tentando forçar o seu irmão candidato, em Colinas”.

Ainda sobre o cenário político em cidades do interior do Maranhão, Yglésio prosseguiu. “Em Barreirinhas, eles dizem aqui para a presidente Iracema Vale, para o governador Brandão, que estão retirando o candidato deles da disputa, o candidato tinha 13%, rejeição de mais de 70%. Eles se aliaram a Léo Costa para fortalecer os inimigos do governador. Para aonde eles vão, eles se juntam com os inimigos do governador”, disse.

Yglésio destacou ainda o evento de lançamento da pré-candidatura a prefeito de São Luís do deputado federal Duarte Júnior (PSB). “O evento do Duarte Júnior foi marcado pela morbidez de quem estava lá, não pelo coração, não pela crença na esperança, mas pelo beiço, pendurado, triste, sabendo que aquilo ali não vai para lugar nenhum, mas os inimigos íntimos, eles pintam cenário. Aqui em São Luís, onde sabem que não têm chance. No interior, onde eles podem estabilizar, pressionar, coagir até mesmo chegando a extorquir dizendo que o Supremo é um desejo dele, Colinas, que foi acordo”.

“Eles não têm nenhum problema em apunhalar o governador o tempo todo. Então, fica aqui a reflexão: governador, até quando o senhor vai conseguir conviver com os inimigos íntimos que lhe sabotam, tanto aqui na tribuna, às vezes, mas pior, sorrateiramente, agindo pelas sombras desestruturando o seu governo e lhe tornando uma autoridade pressionada e que pode ser diminuída? Eu faço um pedido: não aceite ser diminuído pelos seus inimigos íntimos, governador”, finalizou o parlamentar.