24 de outubro de 2025
“Perucas que Curam”, projeto que devolve autoestima a mulheres em tratamento oncológico, é tema do ‘Café com Notícias’
Projeto, criado pela cabeleireira Rose Gonçalves, devolve a autoestima a mulheres e crianças em tratamento contra o câncer; perucas e turbantes são feitos com cabelos e megahairs doados
Agência Assembleia / Foto: J.R. Lisboa
O programa Café com Notícias desta sexta-feira (24) exibiu uma entrevista emocionante com a cabeleireira e empresária Rosete Gonçalves, idealizadora do projeto “Perucas que Curam”, uma iniciativa que transforma doações de cabelo em perucas destinadas a mulheres e adolescentes em tratamento contra o câncer. O projeto, que nasceu de um gesto solidário, tem se tornado uma verdadeira corrente de amor e autoestima.
Durante a conversa com a apresentadora Elda Borges, Rosete explicou que o “Perucas que Curam” surgiu do desejo de usar seu talento profissional para ajudar quem enfrenta um dos momentos mais delicados da vida. “O cabelo é a moldura do rosto, é por meio do qual a gente se reconhece. Quando uma mulher perde o cabelo por causa do tratamento, ela sente que perde parte da identidade. Meu trabalho é devolver um pouco disso”, afirmou.
Segundo a idealizadora, o projeto é voltado exclusivamente para a confecção e doação de perucas, feitas com cabelos recebidos por meio de campanhas solidárias. As doações podem ser entregues diretamente no salão de Rosete, onde quem corta o cabelo para doar não paga pelo serviço. Cada mecha, a partir de 15 centímetros, é aproveitada para dar forma a uma nova peruca — e, com ela, uma nova chance de sorrir diante do espelho.
Corrente do bem
Rosete contou que muitas das doações vêm de suas próprias clientes, que, ao trocarem os megahairs, doam o cabelo usado para o projeto. “Elas se sentam na minha cadeira e dizem: ‘Pode colocar esse cabelo no projeto’. É uma corrente do bem que cresce a cada dia”, relatou.
As entregas das perucas são feitas principalmente no Hospital Aldenora Bello, em São Luís, onde há uma lista de pacientes à espera. A seleção das beneficiadas é feita com o apoio da equipe de psicologia da instituição, que ajuda a identificar aquelas que mais precisam. “Cada caso é único. Há mulheres que assumem a careca com orgulho, e outras que não conseguem se olhar no espelho. Para algumas, receber uma peruca é um sonho”, afirmou Rosete Gonçalves.
Além das mulheres adultas, o projeto também atende adolescentes e crianças, muitas das quais enfrentam o bullying e a baixa autoestima durante o tratamento. Pensando nelas, Rosete Gonçalves desenvolveu uma versão especial de turbante com cabelo, mais leve e confortável, que une o lúdico à delicadeza infantil. “É gratificante ver o brilho nos olhos de uma criança quando ela se vê de novo com cabelinho. Isso não tem preço”, emocionou-se.
O “Perucas que Curam” é hoje parceiro do projeto Maranhão Rosa, o que ampliou o alcance das doações e da confecção de perucas em 18 municípios maranhenses. Só no último ano, mais de 50 mulheres foram beneficiadas com perucas confeccionadas a partir de doações voluntárias.
Participação de todos
Durante a entrevista, Rosete Gonçalves reforçou a importância da conscientização e da participação de todos: “Às vezes a pessoa acha que não pode ajudar porque não tem cabelo para doar, mas pode divulgar o projeto, incentivar um amigo, um familiar. Uma simples mecha pode mudar uma vida inteira”, disse.
Com uma trajetória marcada pela solidariedade, Rosete Gonçalves se tornou referência no Maranhão quando o assunto é autocuidado e amor ao próximo. “A autoestima é um remédio para a alma”, disse ela, resumindo o propósito que move o projeto.
Para ela, cada cabelo doado é mais do que uma fibra capilar — é um gesto de empatia que ajuda a curar de dentro para fora.
Como ajudar o projeto “Perucas que Curam”
– Doação de cabelo:
• O cabelo deve ter no mínimo 15 centímetros;
• Pode conter química ou coloração;
• As doações podem ser feitas diretamente no salão de Rosete Gonçalves, em São Luís (MA);
• Quem corta o cabelo para doar não paga pelo corte.
Mais informações podem ser obtidas diretamente nas redes sociais do projeto.
A entrevista na íntegra pode ser acompanhada pelo link:
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