‘Diário da Manhã’ aborda plano de ação da Embrapa Maranhão para o exercício de 2025

Agência Assembleia 

Em entrevista ao programa ‘Diário da Manhã’, com transmissão ao vivo e simultânea pela Rádio e TV Assembleia, o chefe-geral em exercício da Empesa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Allyson Veras, falou nesta quinta-feira (16) sobre o plano de ação da Embrapa Maranhão para o exercício de 2025.

Em conversa com o apresentador e jornalista Ronald Segundo, Allyson Veras explicou que a Embrapa Cocais mudou de denominação e, agora, passa a se chamar Embrapa Maranhão.

“Somos uma das mais novas Unidades Descentralizadas, a Embrapa Cocais, que obteve aprovação da Diretoria Executiva para mudança de seu nome-síntese para Embrapa Maranhão, denominação validada após amplo processo de discussão com a participação do público interno e externo. É importante observar que esta alteração não é apenas uma troca de nome, mas o início de um novo ciclo, que inclui novas estratégias e áreas de atuação, além da construção de nova infraestrutura física e de pessoal”, salientou Allyson Veras.

Ele acrescentou que a mudança no nome vinha sendo construída há um tempo, em função da percepção de que a nomenclatura anterior não mais representava a agenda de trabalho e a identidade geral da Unidade, tendo o novo nome-síntese mais aderência com a realidade de atuação no estado e em outras regiões. 

“A nossa Unidade sempre esteve presente em localidades diversas do Maranhão – não somente nas matas dos cocais – e até de outros estados, o que foi sendo fortalecido nos últimos anos. Para isso, tem se conectado com parceiros público-privados de diversas instâncias e lugares. Portanto, a Embrapa Maranhão é resultado dessa forte presença e do trabalho em parceria com o ecossistema de inovação maranhense. Agora, como Embrapa Maranhão, a nossa instituição se mantém aberta ao engajamento de mais interessados em participar da construção dessa nossa história”, assinalou.

Expansão

Allyson Veras frisou que a expansão da atuação da Embrapa tornou-se mais nítida a partir da integração da Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) de Balsas – localizada em uma região produtora de grãos e grande fronteira agrícola – com outras Unidades que já operavam no local. 

“Tudo isso demonstra que a denominação anterior não respondia mais ao que a Unidade era e é, e também não estava comunicando bem, tendo em vista que, muitas vezes, as pessoas restringiam a agenda da Unidade à região dos cocais”, afirmou.

Allyson Veras salientou que o novo nome identifica a localização sem restringir o alcance, ou seja, denota que as pesquisas serão desenvolvidas não necessariamente, mas majoritariamente, no Maranhão, para atender a sociedade brasileira. 

‘Café com Notícias’ destaca impactos e soluções para a falta do saneamento rural

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

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O programa ‘Café com Notícias’ desta segunda-feira (23), na TV Assembleia, abordou os impactos da falta de saneamento básico em comunidades rurais e isoladas, como o problema afeta a saúde dos moradores e o que está sendo feito para mudar essa realidade. O assunto foi tratado pelo especialista em saneamento rural Carlos Renato Marmo, analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Carlos Marmo explicou um pouco do sobre o trabalho desenvolvido pela Embrapa. “No ano 2000, desenvolvemos algumas tecnologias de saneamento básico rural para tratamento de esgoto e de água. E a proposta da Embrapa é que as tecnologias que nós desenvolvemos sejam trazidas à sociedade com benefício à saúde, ao meio ambiente, à agricultura. A proposta desse trabalho de tecnologia de saneamento básico Rural é capacitar, divulgar e difundir para agentes públicos, para agentes privados e do terceiro setor que atuam com políticas públicas de saneamento Rural”, observou.

Segundo Carlos Marmo, essas tecnologias estão sendo trazidas para o estado por meio da Embrapa Instrumentação, em parceria com a Embrapa Cocais, com financiamento da Vale, para fazer a transferência de tecnologias sociais para a região de São Luís e para alguns municípios do interior. Essa transferência será feita através da capacitação de agentes públicos das prefeituras, do governo do Estado e de ONGs.

Unidades piloto

O analista explicou, ainda, que foram montadas unidades piloto dessa tecnologia como forma de ajudar esses agentes a entender melhor o seu funcionamento e aos que possam vir a se interessar em conhecer melhor e incorporá-la a projetos futuros. Dentre as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, serão aplicadas no estado a fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa. Essas tecnologias já são utilizadas para tratar o esgoto do vaso sanitário em residências rurais.

“O clorador Embrapa é um dispositivo para que o produtor rural consiga aplicar cloro entre o poço da residência e a caixa d’água.  Porque se os poços estão contaminados com esgoto ou com matéria orgânica enfim e a o morador ingere essa água sem o tratamento isso traz uma série de doenças. Então, essa tecnologia da fossa séptica biodigestor, tem por finalidade ser um dispositivo fácil de você aplicar cloro e desinfetar água que é consumida na casa e trazer essa melhoria da qualidade da água ingerida”, explicou Carlos Marmo.

O especialista ressaltou que essas são tecnologias eficientes, simples e de fácil manutenção e acesso. O objetivo é que qualquer pessoa consiga montar e as prefeituras ou entidades que tratam da questão, possam implementar.

O ‘Café com Notícias’, apresentado pela jornalista Elda Borges, é exibido de segunda a sexta-feira, às 9h, na TV Assembleia (canal aberto digital 9.2; Maxx TV, canal 17; e Sky, canal 309).

‘Diário da Manhã’- Especialista da Embrapa aborda curso de saneamento básico rural em São Luís 

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas

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O especialista em saneamento rural e analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Carlos Renato Marmo, falou, em entrevista ao programa ‘Diário da Manhã’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), nesta quinta-feira (19), sobre capacitação na área de saneamento básico rural que está sendo ministrando a moradores da Região Metropolitana de São Luís.

O especialista explicou, na conversa com o jornalista e apresentador Ronald Segundo, que, no começo desta semana, esteve, por dois dias, no bairro Maracanã, realizando a capacitação e implantação de duas unidades-piloto de uma fossa séptica com biodigestor, para tratar o esgoto sanitário de uma residência rural. Ele ressaltou que, após passar pelo tratamento, o biofertilizante vai ser usado na agricultura familiar.

Carlos Renato Marmo, que é da Embrapa São Carlos (SP), disse que o programa de treinamento é oferecido pela Embrapa Ecoregional Cocais, em parceria com a Vale, e que houve também outros palestrantes nas áreas de criação de peixe, além do uso do cloro para tratamento de água potável.

“Fui convidado por conta de haver desenvolvido uma tecnologia na área de saneamento básico rural, pela Embrapa Ecoregional Cocais, instalada recente com a ideia de trabalhar com tecnologias que tenham alinhamento com as realidades locais, voltadas para a agricultura familiar oferecendo técnicas apropriadas, por exemplo, para o cultivo da juçara e melhorias em seu processo de produção”, explicou.

Por fim, o especialista reafirmou que a Embrapa vem realizando um trabalho de referência na área de pesquisa agropecuária e inovação, com grandes avanços em tecnologia e a empresa, ligada ao Ministério da Agricultura, possui 43 centros de pesquisa, distribuidos pelo Brasil e, no Maranhão, existe a Embrapa Cocais.

“Nossas pesquisas são nas mais diversas áreas, a exemplo da produção de algodão, soja, arroz e feijão. Nossa missão é desenvolver soluções para a agropecuária brasileira, chegando a um padrão de excelência”, destacou.

‘Sustentabilidade na Prática’ aborda projeto da Embrapa de combate à insegurança alimentar no Maranhão

Agência Assembleia/ Foto: Miguel Viegas 

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O programa ‘Sustentabilidade na Prática’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), abordou na manhã desta segunda-feira (3) uma nova tecnologia, desenvolvida pela Empesa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que permite que famílias de baixa renda se alimentem do que produzem e, ainda, possibilita a comercialização do que sobra dessa produção. Isso é possível graças a uma tecnologia social que completou 21 anos. É o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, conhecido como ‘Sisteminha’.

O pesquisador da Embrapa Luiz Carlos Guilherme, ex-professor de genética da Universidade Federal de Uberlândia, discorreu sobre o assunto, ao ser entrevistado pelas radialistas Maria Regina Telles e Adriane Paiva. Ele explicou que o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, o ‘Sisteminha’, representa atualmente uma das tecnologias sociais de maior sucesso no Brasil e já adotada em diversos outros países. 

“Esta tecnologia permite que famílias de baixa renda possam se alimentar com o que é produzido localmente, por meio de estruturas simples montadas com recursos disponíveis no lugar. A produção excedente pode ser partilhada com vizinhos ou mesmo comercializada”, afirmou Luiz Carlos Guilherme. 

Ele acrescentou que, atualmente, o ‘Sisteminha’ beneficia principalmente os povos de comunidades tradicionais, entre eles os indígenas, quilombolas, povos de terreiro, catadores de caranguejo e de mariscos, entre outros. 

No Maranhão, segundo Luiz Guilherme, o ‘Sisteminha’ está presente nas comunidades familiares mais carentes, que se encontram abaixo da linha da pobreza e em insegurança alimentar, como as pertencentes aos Territórios dos Cocais e Baixo Parnaíba maranhenses.

“São 29 modalidades que nós temos de povos de comunidades tradicionais. E normalmente há uma dificuldade muito grande em relação à produção diária, para suprir proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. O ‘Sisteminha’ promove a produção integrada de alimentos, de origem animal e vegetal, em pequenos espaços. E amplia a interação destas comunidades, porque várias famílias são parceiras na execução e implementação dessa nova tecnologia”, assinalou o pesquisador. 

Desenvolvimento comunitário

Com graduação e mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras e doutorado em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia, Luiz Guilherme acrescentou que, atualmente, além de contribuir para a segurança alimentar e nutricional da família, quando instalado com ênfase na comunidade, a produção é incrementada para atender ao mercado local, podendo se tornar modelo de empreendedorismo e desenvolvimento comunitário. 

Esse processo de escalonamento da produção do ‘Sisteminha’ está sendo conduzido pela Embrapa Cocais (MA), em algumas comunidades do Maranhão e Piauí, com resultados promissores. O Maranhão adotou a tecnologia em projetos de desenvolvimento social que estão sendo ampliados em comunidades indígenas, quilombolas e áreas periféricas.

Segundo Luiz Guilherme, o ‘Sisteminha’ permite o uso de fontes alternativas de energia e garante às famílias alimentação equilibrada durante o ano todo. A plantação é escalonada, ou seja, o plantio é feito aos poucos; assim a colheita é gradual, para não faltar nem sobrar muitos alimentos. Em cada fase, algo é acrescentado.

“São soluções tecnológicas que consistem na integração do tripé peixe, aves e húmus, em associação ou rodízio com outras atividades da cadeia alimentar, tendo, como ponto central da produção integrada, a piscicultura intensiva. Outro diferencial do Sisteminha é que, por exemplo, a própria produção de peixes em tanques sequestra mais de 60% do carbono que poderia ir para a atmosfera. Tecnologia sustentável social, econômica e ambientalmente”, frisou o pesquisador.

Ele salientou, também, que a inovação desenvolvida e que viabilizou a tecnologia foi a simplificação do biofiltro utilizado no sistema de recirculação da água do tanque de criação de peixes. Este sistema permite a degradação da amônia (tóxica para os peixes), que é transformada em nitrato pela ação bacteriana. Por isso, o tanque, que consegue oferecer água rica em nutrientes para as plantações, é o módulo principal, considerado o “coração” do ‘Sisteminha’.