‘Pauta Femininas’ discute direito das mulheres e ferramentas de combate à violência de gênero

A professora e advogada Ivane Rodrigues foi a entrevistada do programa ‘Pautas Femininas’, que foi ao ar nesta segunda-feira (13), pela Rádio Assembleia (96,6 FM). A convidada falou sobre os direitos das mulheres na sociedade atual, bem como sobre sua trajetória profissional, conquistas e desafios no combate à violência de gênero.

Advogada criminal e familiar, Ivane Rodrigues conversou com as apresentadoras Régina Santana e Josélia Fonseca, explicando sua relação com as causas femininas.

 “A pauta feminina sempre me chamou muita atenção devido às mulheres sofrerem violências, principalmente por falta de informações. E quando estas violências ocorrem, não se restringem apenas à área criminal, porque abrangem também o direito da família como guarda, divórcio e questões patrimoniais”, explicou a advogada.

Durante a entrevista, Ivane Rodrigues explicou que a violência contra as mulheres, segundo a Lei Maria da Penha, não é apenas física, mas também psicológica, patrimonial, sexual e moral. “Isso no âmbito familiar e doméstico, mas a mulher sofre violência em todos os ambientes em que ela está, como no trabalho, com o assédio, por exemplo”.

Para a especialista, as mulheres precisam se informar sobre seus direitos não apenas para se proteger, mas também para criar uma rede de proteção ao seu redor. Esta rede, segundo a advogada, deve ser composta por outras mulheres, mas também pela sociedade, bem como por instituições públicas e privadas.   

Mediação e conciliação, comunicação não violenta, justiça restaurativa, negociação e outras ferramentas usadas para resolver conflitos também foram abordadas pela advogada durante a entrevista que será reprisada no domingo (19), às 14h, e que também pode ser acessada no canal do YouTube da Rádio Assembleia.  

Psicóloga discute estratégias de saúde mental e planejamento pessoal no início de um novo ano

Agência Assembleia

O programa ‘Pautas Femininas’, transmitido pela Rádio Assembleia (96,9 FM) nesta segunda-feira (06), recebeu a psicóloga Karlene Fonseca para discutir estratégias de saúde mental e planejamento pessoal no início de um novo ano. A especialista trouxe reflexões sobre como manter a sanidade mental diante das pressões e expectativas comuns ao período.

Na conversa com a jornalista Régina Santana, a psicóloga afirmou que estabelecer metas realistas é fundamental para evitar frustrações. “Muitas vezes, as pessoas entram no ano novo com uma lista extensa de objetivos, o que acaba causando ansiedade e desânimo. O ideal é começar com metas possíveis e significativas, que estejam alinhadas com os valores de cada um”.

O desejo de mudança, tão comum no início do ano, foi um dos pontos destacados por Karlene Fonseca. “Essa sensação de renovação é natural, já que muitas pessoas enxergam como uma oportunidade de recomeço. É uma época importante para as pessoas que estão vivendo uma vida que não querem, uma vez que o ano novo dá um oxigênio para mudar”, destacou.

Além disso, Karlene Fonseca enfatizou a importância de reservar momentos para o autocuidado e o descanso, mesmo em meio à rotina agitada. “A busca pelo equilíbrio emocional deve ser contínua e não limitada ao início do ano. Cuidar da saúde mental é um processo, não um evento pontual. Pequenas práticas diárias podem fazer uma grande diferença”.

A psicóloga também ressaltou a importância de buscar apoio psicológico. “Muitas vezes, as pessoas tentam lidar sozinhas com desafios emocionais complexos, o que pode agravar quadros de ansiedade, estresse ou depressão. A terapia é um espaço de acolhimento e autoconhecimento, na qual desenvolvemos estratégias para enfrentar as dificuldades do dia a dia”, explicou.

O programa também abordou como a autocompaixão pode ajudar a lidar com cobranças externas e internas, especialmente no ambiente de trabalho e nas relações familiares. Para Karlene Fonseca, a prática de ser mais gentil consigo mesmo é um passo importante para construir uma vida mais saudável e satisfatória.

Pautas Femininas – Susan Lucena fala sobre aumento da violência contra a mulher em dezembro

Agência Assembleia / Foto: Wesley Ramos

O programa ‘Pautas Femininas’, transmitido pela Rádio Assembleia (96,9 FM) nesta segunda-feira (16), conversou com a diretora da Casa da Mulher Brasileira no Maranhão, Susan Lucena, que falou sobre o aumento dos casos de violência doméstica no período das festas de fim de ano.

Em conversa com as apresentadoras Josélia Fonseca e Regina Santana, ela revelou os índices de violência contra a mulher tendem a crescer nesta época. “É devido a fatores como o consumo excessivo de álcool e o aumento das tensões familiares. Esse período é marcado por festividades e maior convivência entre os casais, o que, infelizmente, pode aumentar os casos”, frisou.

Segundo ela, as mulheres negras, especialmente as que vivem em periferias, estão entre as mais vulneráveis à violência. “Essas mulheres estão na base da pirâmide social, enfrentando as maiores negações de direitos. No entanto, isso não significa que mulheres de classes sociais mais altas ou de outras etnias estejam imunes. Todas, de maneira geral, estão expostas à violência”, afirmou.

A especialista também apontou a necessidade de ampliar o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha. “Quase todos os brasileiros conhecem a existência da lei, mas apenas 20% sabem de fato o que ela assegura. Muitas mulheres sequer sabem que podem pedir medida protetiva on-line”, acrescentou.

Por fim, Susan Lucena destacou o aplicativo ‘Salve Maria Maranhão’, criado para prevenir casos de violência doméstica. “O aplicativo permite que as usuárias acionem a polícia de maneira rápida, oferecendo uma alternativa segura para denunciar ameaças e agressões. Não é necessário fornecer nenhuma outra informação além das que já foram dadas no cadastro”, esclareceu.

‘Pautas Femininas’ recebe coordenadora do Uemanet

Agência Assembleia

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O programa ‘Pautas Femininas’, transmitido pela Rádio Assembleia (96,9 FM) nesta segunda-feira (02), conversou com a coordenadora do Uemanet, Ligia Tchaicka, que falou sobre as ações do Núcleo de Tecnologias para Educação ligado à Universidade Estadual do Maranhão.

Entre outras coisa, explicou que o Uemanet oferta os cursos à distância da Uema. “Somos um grupo de colaboradores de 182 pessoas para apoiar as equipes espalhadas em 68 municípios maranhenses. Atendemos a cerca de 6 mil estudantes, e até plataformas que vão para além do nosso país. Já foram formadas mais de 15 mil pessoas, ao longo de 26 anos de atuação”, frisou Ligia Tchaicka.

Ela explicou que foram ofertados cursos de graduação, de especialização e técnicos. Além disso, fez uma avaliação sobre a questão das universidades públicas e da educação a distância.

“A universidade pública cumpre um papel social e de produção de conhecimento que não pode ser minimizado. Ela ainda é o espaço onde a maior parte das pessoas se formam com qualidade. É o espaço onde se produz conhecimento e a Uema não deixa a desejar a nenhum outra do Brasil”, destacou a convidada, acrescentando que a educação a distância, por sua vez, também foi bastante criticada.

Ela informou que, dentro da graduação, são ofertados os cursos de Filosofia, Pedagogia, Geografia, Letras, Física, Música e Administração Pública bacharelado, Segurança do Trabalho, Gastronomia, Gestão Comercial, Produção Multimídia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Gestão da Produção Industrial.

A convidada também deu spoilers sobre cursos a serem oferecidos em 2025, com edital de inscrição a ser lançado ainda em dezembro deste ano.

‘Pautas Femininas’ destaca 2ª Expo BF Preta em São Luís

Agência Assembleia

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O programa ‘Pautas Femininas’, transmitido pela Rádio Assembleia (96,9 FM) nesta segunda-feira (11), conversou com a professora Dolores Soares, que é coordenadora da 2ª Expo BF Preta, evento que celebra o afroempreendedorismo e a cultura afro-brasileira em São Luís.

“A feira não só apoia a economia criativa e a visibilidade das afroempreendedoras, mas, também fomenta discussões sobre identidade e luta contra o preconceito, valorizando a rica contribuição cultural e histórica da população negra. Esse evento é um espaço de fortalecimento da comunidade”, afirmou Dolores Soares.

A coordenadora do evento destacou que a Expo BF Preta é mais do que uma feira de produtos. “É um movimento que reafirma o protagonismo negro no Maranhão e serve como inspiração para novas gerações, promovendo impacto econômico e social enquanto celebra a identidade afro-brasileira”.

Segundo a professora, as periferias não devem ser vistas apenas sob o prisma da vulnerabilidade social e da violência, mas como espaços de criatividade, resistência e capacidade de transformação. “Ela não é mais só carência, mas também potência. As periferias representam um verdadeiro polo de inovação e cultura”, ressaltou.

O evento acontecerá na Biblioteca Municipal José Sarney, no Bairro de Fátima, no dia 21 de novembro, das 8h às 18h, com vasta programação de palestras, rodas de conversa, painéis sobre o racismo e feira criativa, voltado não apenas para mulheres, mas para toda a população negra do Estado.

‘Pautas Femininas’ debate garantia do direito à alimentação e benefícios para a saúde humana

Agência Assembleia

O programa ‘Pautas Femininas’, que foi ao ar nesta segunda-feira (21), pela Rádio Assembleia (96,9 FM), conversou com a botânica e pesquisadora em biodiversidade alimentícia Mahedy Passos. Na ocasião, a entrevistada falou sobre a garantia do direito à alimentação e benefícios para a saúde humana.

Comandado pelas apresentadoras Josélia Fonseca e Régina Santana, o ‘Pautas Femininas’ destacou, entre os assuntos abordados, as chamadas Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs).

“Temos um país e um estado biodiverso, com muitas espécies de plantas comestíveis não convencionais, que são desconhecidas, ou negligenciadas ou subutilizadas. É importante que as pessoas conheçam este potencial para que a gente não ouça mais falar que o Maranhão tenha problemas relacionados à fome ou à insegurança alimentar”, destacou a pesquisadora.

Mahedy Passos ressaltou a importância de uma alimentação biodiversa, que proporcione todos os benefícios que as plantas podem oferecer, tendo sempre atenção para o fato de que umas podem ser consumidas in natura e outras não.

A pesquisadora é autora do livro ‘PANC é Pop: Plantas Alimentícias Não Convencionais’, no qual traz um estudo sobre PANC e seus usos, com lista de espécies, aspectos gerais e receitas ilustradas.

Para tornar as PANCs mais conhecidas, a pesquisadora aponta como um dos caminhos a base educacional, nas salas de aula, bem como a conscientização dos agricultores. “Se começarmos na sala de aula e também em casa, vamos repensar nossos hábitos alimentares até mesmo por conta das mudanças climáticas. Também é necessário que os agricultores detenham este conhecimento, que, na maioria das vezes, estamos resgatando, porque já existem”.

‘Pautas Femininas’ debate prevenção da automutilação e do suicídio com promotora Cristiane Lago

Agência Assembleia / Foto: Biaman Prado

O programa ‘Pautas Femininas’, da Rádio Assembleia (96,9 FM), recebeu a promotora Cristiane Lago, na tarde desta segunda-feira (12), para debater as atribuições e atividades da 23ª Promotoria de Justiça Criminal na prevenção da automutilação e do suicídio.

“O combate ao tráfico de drogas e a atenção com os dependentes químicos são umas das nossas maiores prioridades. Muitas pessoas que enfrentam o vício acabam extremamente vulneráveis e, em alguns casos, essa vulnerabilidade pode levar à automutilação e até ao suicídio”, afirmou Cristiane Lago.

Na conversa com a radialista Régina Santana, a promotora afirmou que a dependência química é a segunda maior causa de suicídios. “Precisamos olhar para essas vidas com atenção, oferecendo suporte e informação para que elas possam superar e não cheguem ao ponto de perder a esperança”, ressaltou. 

A promotora também destacou que o trabalho vai além do combate ao tráfico, atuando de forma preventiva. “Queremos evitar que mais pessoas entrem no ciclo da dependência química e do crime. A punição é necessária, mas a prevenção e o acolhimento são o caminho para uma mudança efetiva”.

Ao final da entrevista, Cristiane Lago convocou a sociedade a se envolver na promoção de diálogos abertos sobre saúde mental e a importância de buscar ajuda. “Cada vida importa e, juntos, podemos construir um ambiente mais seguro e acolhedor”, concluiu.

‘Pautas Femininas’ aborda atuação da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica contra a Mulher de São Luís

Agência Assembleia / Foto: Biaman Prado

A juíza titular da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Luís, Lúcia Helena Heluy, foi a entrevistada do programa ‘Pautas Femininas’, que foi ao ar nesta segunda-feira (16), pela Rádio Assembleia do Maranhão (FM 96,9).

Na ocasião, a magistrada falou sobre as ações desenvolvidas nos sete anos de implementação da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Luís, responsável por processar e julgar as medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha.

A violência doméstica contra as mulheres tem crescido nos últimos anos. No Maranhão, segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, foram registrados, somente em 2024, 46 feminicídios, sendo nove na Ilha de São Luís. Em todo o ano de 2023, foram registrados 50 casos. Em sua maioria, os crimes são cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas.

 Para Lúcia Helena, embora ainda haja muito a fazer, é possível apontar avanços. “Nos anos anteriores, tivemos muitas leis reestruturando a Lei Maria da Penha e outros dispositivos legais para a proteção da mulher, a exemplo da definição dos grupos reflexivos, que são aqueles nos quais os homens são levados à formação e reeducação, bem como o estabelecimento legal do auxílio aluguel destinado para mulheres vulneráveis, entre outros vários avanços”, ressaltou a juíza.

Em sua entrevista, Lúcia Helena Heluy destacou ainda as parcerias da Justiça para efetivar ações de proteção às mulheres, uma rede necessária para o combate à violência, a exemplo do Ministério Público, unidades de saúde, Casa da Mulher Brasileira, entre outros órgãos.

A magistrada ressaltou ainda os números da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Luís. Lúcia Helena Heluy destacou quantidades de pedidos de proteção, prisões decretadas, monitoramento eletrônico, entre outras ações realizadas nos sete anos de atuação da 2ª Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Luís.